Paul McCartney, aos 81 anos, escolheu esta segunda-feira (09) para honrar a memória de John Lennon por meio das redes sociais, que, se estivesse vivo, completaria 83 anos. Um amigo e parceiro que teve sua vida interrompida tragicamente em dezembro de 1980, quando foi assassinado por um fã enquanto voltava para seu apartamento em Manhattan, Nova York, nos Estados Unidos.
“Comemorando o aniversário do meu amigo e parceiro maravilhoso, John Lennon”, descreveu Paul McCartney ao publicar uma foto de um de seus shows, onde prestou uma emocionante homenagem ao seu amigo de longa data, projetando uma imagem dele no enorme telão.
Amizade desde a adolescência
Com uma amizade duradoura, ambos se cruzaram em seus anos de adolescência, quando John Lennon fez o convite a Paul McCartney para integrar a banda daquela época, conhecida como “The Quarrymen”. Naquele momento, os pais de McCartney expressaram desaprovação pela amizade de seu filho com Lennon, preocupados de que esse rapaz pudesse influenciar o caminho de Paul de maneira negativa.
Apesar disso, o músico assegurou a permissão para permanecer na banda e, alguns anos adiante, quando convidaram George Harrison, que tinha apenas 14 anos na época, e Stuart Sutcliffe, em 1960, os quatro visionários deram o pontapé inicial para o fenômeno musical conhecido como “The Beatles”, que mais tarde se consagraria como um dos maiores sucessos da música em escala global.
Trágica morte de John Lennon
No fatídico 8 de dezembro de 1980, uma década após Paul McCartney ter anunciado o fim dos Beatles, John Lennon estava imerso na promoção de sua carreira solo, ao lado de sua esposa Yoko Ono. Após uma agenda cheia de compromissos, o cantor se aprontava para uma sessão de estúdio quando se deparou com alguns fãs esperando na porta de seu apartamento.
No meio dos fãs, estava Mark Chapman, que solicitou ao artista que autografasse uma cópia se seu álbum “Double Fantasy”. A princípio, tudo parecia correr tranquilamente. John Lennon atendeu ao pedido e, por volta das 22h naquela noite, ele e Yoko Ono voltaram para casa.
Ao chegarem ao apartamento, Lennon foi surpreendido por esse mesmo fã que havia o abordado anteriormente, o qual sacou um revólver do bolso e efetuou cinco disparos. Dois deles atingiram suas costas e outros dois o seu ombro, enquanto o quinto disparo não encontrou o alvo.
Apesar do ato criminoso, Chapman não demonstrou intenção de escapar. Enquanto outros presentes se esforçavam para prestar assistência ao músico, o agressor simplesmente se sentou e começou a ler um livro, aguardando calmamente a chegada da polícia. Não obstante todos os esforços enviados, John Lennon chegou ao hospital em estado crítico e foi declarado morto às 23h15,
Mark Chapman recebeu uma sentença de prisão perpétua pelo crime. Em 2020, a BBC teve acesso às declarações do assassino, onde ele surpreendeu ao expressar seu arrependimento e pedir desculpas a Yoko Ono. Chapman também reconheceu que merecia a pena de morte pelo ato que cometeu. “Quero apenas reforçar que lamento muito pelo meu crime. Não tenho desculpas para isso. Foi pela minha própria glória. Acho que foi o pior crime que poderia ser cometido contra alguém que é inocente”, declarou ele.
Essa tragédia deixou uma marca permanente na história da música e na vida de Paul McCartney, que continua a lembrar de seu amigo com carinho.
Foto Destaque: Paul McCartney, Ringo Star, John Lennon e George Harrison, do The Beatles, comemora o lançamento do álbum ‘Sgt Pepper’s Lonely Hearts Club Band’, em 1967. Reprodução/John Pratt/Keystone/Getty Images