A empresa de fast fashion anunciou, nesta sexta-feira (20), que já fechou parceira com 336 fornecedores brasileiros, e que pretende fechar com 2 mil fornecedores até 2026. Segundo o presidente da marca, Chris Xu, após negociações do governo brasileiro com o mercado chinês esse ano, a empresa assumiu o compromisso de vender mais artigos feitos no Brasil.
Especialistas da marca chinesa já dizem que a expectativa é gerar 100 mil novos empregos de forma direta e indireta no país latino, e ainda, que a meta é aumentar 85% das vendas feitas no que diz respeito a produtos de fabricação local.
Portais brasileiros anunciam novos fornecedores da marca chinesa (Foto:Reprodução/X/@popline)
Detalhes das negociações
A diretora da Shein no Brasil, Fabiana Magalhães, mostrou empolgação ao falar dos novos fornecedores, e diz que a estratégia foi bem-vista pelo mercado: “Temos um objetivo ousado, de tornar o Brasil um hub de exportações. O país tem um parque têxtil bom.”
A fábricas brasileiras estão distribuídas em várias regiões do país, entre eles estão: Santa Catarina, Paraná, Rio Grande do Sul, São Paulo, Rio de Janeiro, Espírito Santo, Minas Gerais, Mato Grosso do Sul, Ceará, Pernambuco, Bahia e Rio Grande do Norte.
A Shein, hoje, também é considerada uma empresa de tecnologia, em razão do modelo de produção adotado pela fast fashion. A estratégia utilizada pela Shein tem sido motivo de comemoração pelo mercado financeiro brasileiro, isso porque, meses atrás o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, anunciou que devido às isenções do Imposto de Renda para várias faixas da população, o governo passaria a taxar compras internacionais, o que poderia afetar as compras na marca chinesa.
Contudo, o ministro voltou atrás e novas conversas foram feitas com diversas marcas da indústria chinesa, como a Shein e a Shopee.
Especialistas explicam isenção de taxas de compras internacionais na Shein (Video:Reprodução/Youtube/CNN)
Relembre história da marca
A Shein foi fundada em 2008, na cidade de Nanjing, China, por Yangtian Zhang. Inicialmente, a empresa se concentrou na produção de roupas para o mercado doméstico chinês, mas logo conseguiu uma expansão internacional, e teve seu “boom” em 2012. A marca se destacou ao adotar um modelo de negócios de “fast fashion”, que permitia lançar novos produtos rapidamente e acompanhar as últimas tendências da moda.
Isso a tornou popular entre os consumidores que desejam roupas atualizadas frequentemente. A maior parte das vendas da Shein acontece de forma on-line, o que permite à empresa atualizar seu catálogo e interagir com os clientes de forma eficiente.
Foto destaque: Banner de vendas da Shein.Foto/Reprodução/Instagram/@shein