Desemprego segue em queda, PIB em alta e inflação está controlada

Nicollas Alcântara Por Nicollas Alcântara
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Especialistas apontam que o cenário econômico brasileiro em 2023 tende a encerrar de forma positiva, impulsionado pela redução da taxa de desemprego, o crescimento da atividade econômica e uma inflação controlada. No trimestre móvel até outubro, a taxa de desemprego atingiu seu menor índice desde fevereiro de 2015, registrando 7,6%, com projeção de encerrar o ano com uma média de 8%.

Estimativas

As estimativas da Fundação Getúlio Vargas (FGV) indicam que o Produto Interno Bruto (PIB) deve alcançar um crescimento de 2,9%, enquanto a inflação deve fechar o ano em 4,2%, inferior aos 5,6% de 2022. A coordenadora do Boletim Macro da FGV, Silvia Matos, destaca que as expectativas iniciais do ano indicavam menos crescimento e maior inflação, tornando as atuais perspectivas uma boa notícia.

O economista-chefe da Warren Investimentos, Felipe Salto, observa que o PIB potencial está se recuperando após a queda durante a pandemia, permitindo uma situação aparentemente contraditória com desemprego baixo e inflação em declínio. Salto destaca o impacto do “choque de preços” das commodities, a política monetária do Banco Central e a valorização da moeda nacional na redução da inflação.


Agronegócios podem sofrer impactos climáticos, resultando em preços mais altos (Foto: reprodução/Jaelson Lucas/AEN)


Inflação

A oferta abundante de alimentos proveniente da supersafra contribuiu significativamente para a redução na inflação de alimentos, beneficiando especialmente as famílias de baixa renda. Matos ressalta que a inflação de bens industriais também desacelerou, passando de 9,5% em 2022 para 1% este ano, segundo estimativas da FGV.

Quanto à atividade econômica, o PIB de 2023, apesar de semelhante ao ano anterior, apresenta uma história diferente, com o agronegócio e as atividades de extração desempenhando um papel mais significativo.

Para 2024, as projeções indicam um crescimento menor, impulsionado pelo consumo e investimento devido à redução dos juros. As previsões para a inflação variam entre 3,5% (Warren) e 4,1% (FGV). No entanto, há preocupações com possíveis impactos climáticos que podem resultar em preços mais altos para alimentos no próximo ano, afetando o agronegócio e, consequentemente, o PIB.

Foto destaque: o PIB na economia tende a crescer nesse fim de ano (Reprodução/Marcello Casal Jr./Agência Brasil)

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