Gene Haas confirma Fittipaldi em sessão de testes: ‘É para isso que ele está ali’

Mauricio Campelo Por Mauricio Campelo
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Já fazem 10 dias desde que a Haas encerrou seu vínculo com a empresa russa de químicos Ural Kali, e nos dias seguintes demitiu Nikita Mazepin. O piloto russo é filho de Dmitry Mazepin, dono da Ural Kali e faz parte do grupo de oligarcas próximos de Vladimir Putin. Tais ações foram tomadas em consequências da invasão russa à Ucrânia, e desde o anúncio da demissão de Mazepin, os torcedores brasileiros da F1 esperam o anúncio de Pietro Fittipaldi como piloto titular da Haas.

Ainda não há confirmação de quem será o companheiro de Mick Schumacher na temporada de 2022. No último fim de semana, Gene Haas, dono da equipe, confirmou que Fittipaldi participará dos testes de pré-temporada no Bahrein: “Pietro definitivamente estará nos testes. É para isso que ele está ali, ele é nosso piloto de testes. Estamos analisando vários candidatos, vendo quem está disponível e com o que temos que lidar, mas teremos alguém até quarta-feira. Certamente gostaríamos de alguém com um pouco mais de experiência de verdade, mas precisamos ver o que há para nós.

Ao desejar “alguém com um pouco mais de experiência de verdade” Haas pode ter dois nomes em mente: Antonio Giovinazzi, ex Alfa Romeo e até mesmo Nico Hülkenberg, ex Renault. Hulkenberg ocupa o cargo de piloto de testes da Aston Martin, enquanto Giovinazzi é piloto reserva da Ferrari e disputará a Formula E pela Dragon/Penske, e segundo o jornal Italiano La Gazzetta Dello Sport, há uma clausula contratual que permite que Giovinazzi saia da Dragon caso apareça uma oportunidade na Fórmula 1.



Nikita Mazepin durante o 3º dia de testes em Barcelona, já sem patrocínio russo. Créditos: Reprodução/Haas F1 Team


Mazepin trazia um aporte financeiro muito forte para a Haas e isso rendia críticas à equipe por ter ‘se vendido’ para uma empresa russa e até mesmo estampando a bandeira da Rússia no bico do carro, e muitos analistas da Fórmula 1 entendem que para Pietro conquistar a vaga, será necessário um conjunto de patrocinadores para fazer o Brasil voltar à categoria máxima do automobilismo.

O sopro de esperança pode vir da Formula 2, na última semana, o irmão de Pietro, Enzo Fittipaldi, anunciou um acordo de patrocínio com o Banco do Brasil para a disputa da temporada da F2 com valores que podem chegar até 8 milhões de reais.

Caso Pietro consiga convencer o BB à estampar sua marca na Haas, os valores provavelmente serão maiores, mas ainda assim distantes dos 30 milhões de euros (165 milhões de reais) que a Ural Kali injetava nos cofres da Haas.

Foto Destaque: Pietro Fittipaldi nos boxes da Haas. Créditos: Reprodução/Motorsport.com

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