A busca por procedimentos não cirúrgicos aumentou cerca de 390% durante os últimos dois anos, segundo dados da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica (SBCP). Muito do impacto veio com a pandemia da Covid-19 e a procura por ter a melhor aparência, mesmo em casa. O cirurgião dentista William Ortega revela paro o site purepeople os perigos do excesso de mudar o rosto.
A harmonização facial é de longe o procedimento mais queridinho dos famosos. A procura por um rosto mais simétrico se intensificou bastante nos últimos anos. Em busca da “perfeição”, as pessoas fazem o processo de acentuar as linhas faciais e tornar o rosto mais do agrado geral.
“Depois que a harmonização virou moda entre as celebridades, muitas pessoas chegam ao consultório querendo ter resultados iguais aos famosos, mas nós, como profissionais, temos a obrigação de orientar as reais necessidades do paciente para que ele não passe do ponto, o que é muito comum“, compartilha o cirurgião Willian. “A pessoa, literalmente, não sabe a hora de parar.”
Ortega também fala sore como a quarentena colaborou para a alta procura “Durante a pandemia também senti o aumento. No início, achávamos que iria diminuir, mas o tempo extra dentro de casa contribuiu para a busca de procedimentos estéticos“, revela.
A cantora e ex-BBB Gabi Martins antes e depois da harmonização facial (Foto:Reprodução/Instagram)
A harmonização facial se torna perigosa quando o paciente não sente mais o limite do próprio corpo. William diz que a pessoa precisa ser alertada pelo profissional e deve haver um limite que o obrigue a recursar mais procedimentos.
“A harmonização facial, como o próprio nome diz, tem intuito de harmonizar, não transformar. Fazemos uma consulta inicial na intenção de analisar o rosto de cada paciente individualmente, para planejar e executar os procedimentos de forma pensada para cada pessoa. O limite deve ser respeitado conforme a real necessidade”, alerta o doutor.
O cirurgião explica que o procedimento é reversível, assim se der errado ou não ser do agrado é possível desfazer. “A grande vantagem do ácido Hialurônico é que ele possui um ‘antídoto’ chamado Hialuronidase. Se o paciente não se identificar com os resultados, podemos reverter o excesso em algumas sessões para que tudo volte a ser como era“, conclui.
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