Nesta quarta-feira (10), em entrevista para o ex-jogador e atual comentarista da CNN Emerson Sheik, o pai de Neymar confirmou que ajudou financeiramente o jogador Daniel Alves, acusado de agressão sexual a uma mulher de 23 anos. O processo está acontecendo pela justiça de Barcelona, na Espanha, e ele disse que não poderia negar o empréstimo a um amigo.
Família pediu ajuda
“A família nos pediu ajuda. O Daniel não tinha dinheiro para se defender, e o prazo para o pagamento da defesa estava expirando”, disse Neymar da Silva Santos, o pai de Neymar. Dessa forma, ele enviou 150 mil euros (cerca de R$ 800 mil reais) para pagar uma taxa de atenuante do dano causado, que pode contribuir para a redução da possível pena do jogador.
Devido ao processo, Daniel Alves está com os bens bloqueados e por isso que precisou da ajuda financeira. E o pai de Neymar disse ainda que preferiu ajudar o amigo do que virar as costas, até porque ele acredita que o jogador pode ser considerado inocente.
Daniel Alves durante um dos jogos pela seleção brasileira (Foto: reprodução/Getty Images/Globo Esporte)
“O Daniel está preso preventivamente e não foi julgado. Até o momento, a presunção de inocência é válida no mundo inteiro. Ou a gente participa de um pré-linchamento e julgamento público, ou tentamos ajudar um amigo e deixamos a Justiça decidir o destino do Daniel”, afirmou Neymar da Silva Santos para a CNN.
Relembre o caso
O ex-jogador do Barcelona e da seleção brasileira Daniel Alves está preso na Espanha desde janeiro de 2023 e sem direito à fiança. Ele foi acusado de estuprar uma mulher dentro da boate “Sutton”, em Barcelona, no dia 30 de dezembro de 2022. Segundo a vítima, os dois estavam dançando juntos quando ele começou a abusar sexualmente dela, depois a levou para um banheiro e foi lá que o crime realmente teria acontecido. A mulher chegou a fazer uns exames no hospital e o DNA de Daniel foi encontrado nos testes.
A defesa pediu a pena máxima para o caso, que é de 12 anos, além de uma medida protetiva durante 10 anos após o fim da punição. Sendo assim, houve um “julgamento oral” e o Ministério Público pediu uma prisão de 9 anos para o jogador. Mas a defesa dele ainda tentou a liberdade, que foi negada pela quarta vez após a prisão preventiva. Já a argumentação da vítima, continua pedindo a pena de 12 anos. Dessa forma, um novo julgamento será realizado entre os dias 05 e 07 de fevereiro de 2024.
Foto destaque: jogador Neymar Jr. com o seu pai Neymar da Silva Santos (Reprodução/Rádio Itatiaia)