Infelizmente, não é só no futebol, mas o discurso de ódio atinge também o automobilismo e a categoria milionária e histórica que é a Fórmula 1, o mais perfeito retrato da sociedade nos dias de hoje. Os crimes não estão isentos a ninguém, prova disto é que a última vítima, é nada mais nada menos que Lewis Hamilton, piloto britânico e negro, com sete títulos mundiais e dois vices campeonatos no currículo.
Nesta segunda-feira (2), através de um comunicado a McLaren – equipe também britânica e que Hamilton defendeu entre 2007 e 2012, antes de se transferir para Mercedes, sua atual escuderia – confirmou que investiga uma funcionária por tweets direcionados ao piloto, em um perfil já deletado. A colaboradora, identificada como “Katie” , fez uma série de publicações chamando o heptacampeão de “idiota” em 2020 e 2021.
“Consideramos esses comentários completamente em desacordo com nossos valores e cultura na McLaren. Levamos muito a sério e estamos investigando-o como uma prioridade”, informou a equipe da qual fazer parte o australiano Daniel Ricciardo e o compatriota de Hamilton, Lando Norris.
Lewis Hamilton ao lado de sua mãe após receber condecoração do Príncipe Charles, em dezembro de 2021. (Foto: Reprodução/Agência Brasil)
As postagens foram compartilhadas com o time inglês através da mesma plataforma. Elas foram direcionadas ao atleta de 37 anos em ocasiões distintas. Uma delas foi feita quando ele voltou ao grid após o período obrigatório de isolamento que sucedeu após um teste positivo para COVID-19, em 2020, e que o deixou de fora da etapa do Bahrein naquele ano.
“Que verdadeiro idiota ele é! Não consegue ver ninguém se dar bem” – escreveu a funcionária da McLaren. Na ocasião, o britânico foi substituído no GP do Sakhir por outro compatriota, George Russell, que se destacou no fim de semana e, atualmente, faz dupla com ele na equipe alemã.
As outras mensagens com conteúdo ofensivo foram publicas no mesmo perfil quando Hamilton foi desclassificado no GP de São Paulo – Brasil, em Interlagos, em novembro do ano passado (2021), e quando ele foi nomeado Cavaleiro da Rainha Elizabeth II no Palácio de Windsor, em Londres – Reino Unido, após a temporada 2021.
Foto Destaque: Lewis Hamilton em GP da Emilia-Romagna (Itália) da F1 2022. (Foto:Reprodução/GE)