A atriz Tatá Werneck venceu a batalha judicial movida pela emissora RedeTV em 2021. A humorista, atriz e apresentadora fez uma piada que, segundo a emissora, teria sido ofensiva. A 5ª Câmara do Direito Privado do TJ-RJ (Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro) negou o pedido de agravamento feito pela emissora de TV.
Motivo do processo
A atriz fez uma piada com o nome da emissora RedeTV durante a premiação do Prêmio Multishow e desde então vem enfrentando processos por suas palavras.
“Gente, não repare, eu vim de moto direto, entendeu? Eu vim assim. Peguei no varal, tá molhada ainda. Isso aqui é o orçamento de uma grade da RedeTV!”
Tatá Werneck
Dois anos depois, Tatá Werneck voltou a mencionar a emissora durante o mesmo evento de premiação do Multishow.
“Nesses 30 anos [de Prêmio Multishow] eu aprendi muita coisa. Eu sei que posso fazer piadas com artistas, mas não posso fazer piadas com outras emissoras. Há dois anos eu fiz uma piada dizendo que o meu vestido tinha o mesmo valor da grade da RedeTV! E eu fui processada. Eu quero pedir desculpas e dizer que neste ano eu vim com um vestido mais caro do que a grade, para a gente não ter esse problema”, disse ela.
Decisão judicial
O advogado Ricardo Brajterman replicou e afirmou que a emissora que transmitiu O Pânico na TV (2003-2012) queira censurar humoristas. Segundo ele, a ação da emissora representa uma clara tentativa de restringir a liberdade de expressão e limitar a atuação dos profissionais do entretenimento. Brajterman destacou que a liberdade artística e o direito à sátira e crítica são fundamentais em uma sociedade democrática, e que qualquer tentativa de censura deve ser combatida de forma veemente.
“Estou muito feliz com mais essa vitória. Até hoje não consigo entender porque logo a Rede TV! Que sempre ganhou muito dinheiro com as piadas do Pânico e o show de horrores dos testes de fidelidade, recorreu ao judiciário por conta de piadas inofensivas e sem qualquer cunho difamatório. Venceu a liberdade de expressão, a liberdade artística“, disse ele.
A justiça aceitou a justificativa de Tatá e seu advogado Ricardo Brajterman e entende que eles apresentaram provas contundentes que comprovam a inocência da atriz e arquiva o processo.