O sucesso de “Duna: Parte 2”, dirigido por Denis Villeneuve, ultrapassou todas as expectativas nos EUA em apenas uma semana. O blockbuster, baseado na obra de Frank Herbert, superou a bilheteria do primeiro filme e arrecadou incríveis US$ 111 milhões, excedendo os US$ 109 milhões da versão anterior.
Com um elenco de peso, incluindo Zendaya, Timothée Chalamet, Javier Bardem, Christopher Walken e Gary Oldman, a segunda parte da nova adaptação também recebeu vários elogios da crítica internacional, sendo chamada de “obra-prima” e “triunfo”.
O sucesso não apenas consagra a obra como um fenômeno da cultura cinematográfica, mas também se mostra uma oportunidade de reviver a obra e apresentá-la a novos fãs, sendo uma resposta calorosa aos esforços da produção por ter cativado diferentes públicos ao redor do mundo.
Até então, o filme está quase batendo a marca de US$ 200 milhões de bilheteria global, validando o trabalho da equipe, elenco e todo o investimento de divulgação.
Duna não fica para trás de Star Wars e Star Trek
A base dos filmes “Duna” é a obra literária escrita por Frank Herbert, em 1965. Com mais de 22 milhões de cópias vendidas em todo o mundo, o livro conta a história do jovem Paul Atreides e sua família no planeta Arrakis, lugar cheio de tramas e reviravoltas. Em torno disso, são trazidos temas complexos, como imperialismo, fanatismo religioso e ecologia, representados pelo gênero sci-fi.
O que faz “Duna” ser diferente é que Herbert saiu da “moda tecnológica” da época e criou um universo onde os computadores foram proibidos, sendo substituídos pelos “Mentsts”, descritos como formidáveis portadores de habilidades mentais.
Analogias em “Duna”
O universo de “Duna” apresenta um elemento único conhecido como “especiaria”, substância valiosa que também lida com a parte espiritual e coletiva do planeta Arrakis. Ela não apenas tem valor econômico, mas também gera efeitos psicoativos que elevam a mente das pessoas e as fazem ter visões.
Essa parte espiritual é uma parte bem ativa da história, fazendo referências ao movimento hippie, à religião, ao petróleo e à corrida especial, uma vez que é citado como a especiaria é removida do solo, dos corpos dos vermes gigantes, e também é o que permite as viagens interplanetárias desse universo.
Consequentemente, o uso ritualístico de drogas e a exploração da mente humana são muito presentes na trama, trazendo debates filosóficos e culturais para muito além da ficção científica.
A obra literária e adaptação clássica de 1984 também influenciou outros filmes, como “The Martian”. E no cinema, a obra de Herbert influenciou diretores famosos, como Alejandro Jodorowsky e Ridley Scott.
Depois dessa adaptação controversa de 1984, o Denis Villeneuve deu uma nova vida à saga em 2021. Agora, com “Duna: Parte 2” sendo chamado de “triunfo” e abrindo caminho para um terceiro filme, isso mostra que a história do Herbert continua bastante viva e influente na ficção científica.