GP do Japão de 2024 muda de data pela primeira vez

Ana Gomez Por Ana Gomez
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Foto destaque: Ayrton Senna no GP do Japão em 1991, onde conquistou o tricampeonato. (reprodução/Pascal Rondeau Allsport)

Esta será a primeira vez em 37 anos, que o GP do Japão irá ser no começo do ano e não no fim dele, que geralmente ocorre entre setembro e novembro. A Fórmula 1 organizou o calendário de 2024 pensando em regionalizá-lo: as corridas foram reagrupadas, dentro do possível, por continentes. As cinco primeiras corridas dessa temporada, Bahrein, Arábia Saudita, Austrália, Japão e China, estão entre a Ásia e a Oceania.

Outro exemplo de mudança é que a partir de outubro, a maioria das corridas acontecerá nas Américas, começando no GP dos Estados Unidos, que é localizado em Austin, e termina em Las Vegas. Foi por esse motivo que a F1 trocou o GP do Japão de data com o GP do Azerbaijão, que passa a ser em setembro.

O circuito

O GP do Japão estreou na F1 em 1976, no Circuito de Fuji, que sediou mais uma corrida em 1977 antes de ser substituída por Suzuka, sucedendo dez anos sem provas no país.

A primeira corrida japonesa foi realizada em 24 de outubro, mês que voltaria a sediar a corrida em outras 30 vezes. Já tiveram três GPs do Japão em novembro, e três em setembro, incluindo o da temporada passada, que foi vencida por Max Verstappen.


Max Verstappen no GP do Japão de 2024.


A corrida acontecer no final do calendário, permitiu o Japão a sediar decisões de títulos, como em 1976 entre Niki Lauda e James Hunt; em 1988, 1989 e 1990 entre Ayrton Senna e Alain Prost; em 1998 e 2000 entre Michael Schumacher e Mika Hakkinen; e os mais recentes, Sebastian Vettel em 2011 e Max Verstappen em 2022.

Tufões na região

Mudar a corrida de data terá outro benefício: fugir de tufões no Oceano Pacífico. O país sofre com fortes chuvas entre setembro e outubro, o que afetou com mais destaque, os GPs dos anos de 2004, 2010, 2014, 2017, 2018, 2019 e 2022.

Nos anos de 2004, 2010, 2014, 2018 e 2019, os tufões causaram preocupação ou interromperam as atividades em pista. Na temporada de 2014, a tempestade ocasionou em vários temporais que culminaram no acidente fatal de Jules Bianchi.

 Em 2017, as chuvas tornaram a afetar os planos da Fórmula 1; em 2018, Kong-rey deixou a competição em alerta, assim como o Hagibis, que fez em 2019 a classificação ser realiza poucas horas antes da corrida no domingo.

 No GP de 2022, onde Max Verstappen confirmou o bicampeonato, não havia um tufão na região. Porém, as fortes chuvas não passaram em branco: a prova foi paralisada por quase 2 horas, com direito a confusão com a pontuação final e até trator na pista, que gerou críticas da família de Jules Bianchi e de Pierre Gasley, que era muito amigo do francês, que faleceu em julho de 2015, nove meses depois da batida.

A corrida no Japão teve Max Verstappen como vencedor no GP de 2023. A vitória impulsionou a campanha do holandês pelo seu tricampeonato, conquistado na corrida sprint da etapa seguinte, no GP do Catar. E ainda foi palco do hexacampeonato de construtores da Red Bull com seis corridas de antecedência.

Por Ana Gomez
Escrevo para a editoria de esportes e reviso os textos
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