De acordo com CNC, 28.7% das famílias brasileiras estão endividadas

Maria Júlia Freitas Por Maria Júlia Freitas
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Nesta terça-feira (7) foi divulgado um estudo da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC). De acordo com as informações, cresceu 1% em maio a quantidade de famílias endividadas no Brasil, em comparação com o mês de abril deste ano, e alcançou 28.7% do total de lares no país. No mesmo período em 2021, o índice era de 24.3%. 

De acordo com a pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor (PEIC) três em cada dez famílias brasileiras possuem dívidas em atraso anualmente. 

Ademais, o levantamento ainda mostra que, de todos os endividados, 22% utilizam de suas rendas mensais para pagar as dívidas com bancos e afins. Este é o maior resultado desde o ano de 2017. 

Izis Ferreira, pesquisadora e economista da CNC, explica que orçamento das famílias brasileiras está menor, se comparado aos anos anteriores, em função do aumento da inflação, que chega a 12% anuais para os brasileiros. 

“Nós estamos vendo a inflação persistente e sem trégua. Isso tem pressionado o orçamento dessas famílias e o que acontece é um maior comprometimento com a renda e as contas a pagar…”, conta a economista. 

Os grupos que foram pesquisados, em sua maioria são compostos por famílias mais pobres, com rendas de até 10 salários mínimos, e mais ricas, com rendas acima de 10 salários mínimos. 

A pesquisa mostra que as dívidas com cartões de crédito foram as que mais cresceram no mês de maio, com 88.5% em ambas as faixas de rendimentos.


Imagem ilustrativa utilizando cartão de crédito (Foto: Reprodução/programanex)


“Chegamos em maio com 92% dos endividados entre as famílias mais ricas no cartão de crédito. Nunca tínhamos tido essa proporção alta.”, disse Izis. 

Ainda assim, as famílias das duas classes sociais pesquisadas relatam que o número total das dívidas diminuiu no mês de maio, em comparação ao mês anterior. 

Para a economista da CNC, esse pequeno avanço aconteceu pela melhora que teve dentro do mercado de trabalho, com mais oportunidades aparecendo e os auxílios de renda disponibilizados, como o valor incrementado no Auxílio Brasil, saques extras no FGTS e a antecipação do 13º salário. 

 

Foto destaque: Imagem ilustrativa da realização de cálculos. Repordução/Freepik

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