Na última segunda-feira (15), a Dior apresentou sua nova coleção de outono 2024, no Museu do Brooklyn, em Nova York, EUA.
A coleção foi inspirada pela icônica presença da atriz Marlene Dietrich, musa eterna da elegância. Maria Grazia Chiuri imergiu na estética atemporal da artista, resgatando os marcantes elementos de seu guarda-roupa para tecer uma narrativa que transita entre as décadas douradas do século XX e o contemporâneo, fundindo passado e presente numa dança encantadora de estilo e sofisticação.
Harmonias dissonantes
Dietrich desafiava as convenções de gênero com sua predileção por looks de inspiração masculina, provocando um alvoroço na sociedade da época. A presença da gravata e do traje masculino era uma constante em suas composições, desafiando as normas estabelecidas e consolidando seu status como uma pioneira da moda e da igualdade de gênero.
As franjas também fizeram parte do show, eternamente associado à era das melindrosas, ecoou vibrante na passarela da renomada estilista italiana, indo de um vestido prata todo trabalhado em franjas, até sendo um complemento ao look all black. As meias de nylon também se fizeram presente, a casa de moda Dior ressuscita o glamour do passado adotando meias 3/4 em um tom preto elegante, combinadas de forma arrojada com sandálias plataforma, reinventando assim a sofisticação clássica. Sendo um acessório onipresente, embelezando as pernas das mulheres em toda parte antes do turbilhão da Segunda Guerra Mundial.
Inspiração à bandeira dos EUA
Um dos pontos altos do desfile foi um look inspirado na bandeira dos EUA. Em um toque acetinado e na pegada esportiva/streetwear, é composto por uma parka estampada com a bandeira do país, detalhes para o decote em V em faixas brancas e pretas, para compor uma calça branca, com o nome da marca na vertical e listras azuis.
A ideia foi despertada, pois Dietrich, ao renunciar sua cidadania alemã e se tornar cidadã americana, não só abraçou uma nova identidade, mas também se tornou uma defensora ativa dos refugiados da guerra. Nessa possível critica feita pela Dior, a vestimenta vem de um modo mais comercial, onde se manifesta os Estados Unidos.