Cidade temporária deverá ser construída em Porto Alegre para abrigar vítimas das chuvas

Cerca de 159 estruturas emergenciais alocaram quase 14 mil pessoas desabrigadas após os temporais

14 maio, 2024
Foto Destaque: equipe de resgate no sul do país (Reprodução/instagran/@folhadespaulo)
Foto Destaque: equipe de resgate no sul do país (Reprodução/instagran/@folhadespaulo)
Espaços para abrigar vítimas ds enchentes

Com o objetivo de oferecer um lar provisório para os gaúchos que perderam a moradia na tragédia climática que vem assolando o sul do país, a prefeitura de Porto Alegre está planejando construir uma cidade improvisada. Nesta terça-feira (14), a discussão ainda estava em âmbito interno, em processo de avaliação municipal e sem detalhes definidos. Não há previsão de quando a proposta deverá ser colocada em prática.

De sambódromo a abrigo

Um dos bairros que não foram atingidos pelas enchentes é o de Porto Seco. Seria uma ótima opção para esse projeto. O Complexo Cultural Porto Seco, sambódromo da cidade, fica parado o restante do ano após o carnaval.


Cidade temporária deverá ser construída em Porto Alegre para abrigar vítimas das chuvas
Carnaval 2024 – Complexo Cultural Porto Seco em Porto Alegre RS (Foto: reprodução/instagran/@ricardogomes.poa)

Porto Seco está localizado ao norte da capital do Rio Grande do Sul, e é um bairro muito carente. O Complexo Cultural teria que ser ajustado, pois sua estrutura está danificada pelas constantes depredações.

A ideia da gestão municipal é instalar umas 5 mil barracas no Complexo, atendendo a cerca de 10 mil pessoas. A segurança do espaço ficaria por conta das Forças Armadas. Para isso, o Presidente da República teria que decretar a GLO (Garantia da Lei de Ordem). Essa missão é de competência única e exclusiva dele.

Esforços do município, estado e União

O projeto municipal dos espaços temporários deverá ser pauta de reuniões com autoridades estaduais e com a comitiva presidencial, que deverá estar em Porto Alegre na próxima quarta-feira.

Além do Complexo Cultural, existem outros terrenos de posse do estado e da União que podem ser usados para instalação dessas cidades provisórias, como é o caso de uma área utilizada pela Trensurb.

De acordo com o balanço divulgado pela Defesa Civil no início da noite, o estado do Rio Grande do Sul está com 149 pessoas mortas, 112 desaparecidas e 806 feridas. Cerca de 2.124.553 pessoas foram afetadas, 538.245 estão desalojadas e 79.494 foram para abrigos. As equipes resgataram 76.483 pessoas e 11.002 animais.

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