Diretor da Pixar afirma que não fará remakes live-actions: “São tediosos”

Ramon Baratella Por Ramon Baratella
3 min de leitura
Foto destaque: imagens promocionais de “Toy Story”, “Divertidamente” e “Elementos” (reprodução/Pixar Animation Studios)

Os live-actions dos estúdios Disney se tornaram a nova mina de ouro para a casa do Mickey Mouse. No entanto, em uma entrevista à revista Time, Pete Docter, chefe da Pixar, afirmou que filmes como “Toy Story”, “Procurando Nemo” ou “Ratatouille” não devem ganhar suas adaptações em “carne e osso”.

O cineasta se posicionou contra a ideia de trazer alguns dos famosos longas de animação para a vida real. “Isso pode me trazer alguma dor de cabeça, por dizer, mas a ideia em si já me deixa entediado […] Refazê-los não é muito interessante para mim pessoalmente”, disse.

Durante o bate-papo, o diretor foi questionado se ele daria sinal verde para fazer alguma versão live-action e declarou que mantém sua preferência em fazer filmes únicos e originais, sem precisar produzir um remake deles.

“Muito do que criamos só funciona por causa das regras do mundo das animações. Se você tem um humano estreando em uma casa que flutua, sua mente fica: ‘Espera aí… As casas são super pesadas! Como os balões vão levantar essa casa?’. Mas se você vê um cara cartunesco nessa casa, você pensa: ‘Ok, eu compro essa ideia’. Os mundos que construímos não são fáceis de traduzir.”

Adaptações live-action

O questionamento a Docter aconteceu devido a campanha iniciada na internet para que Josh O’Connor, um dos protagonistas de “Rivais”, interpretasse Alfredo Linguini em um futuro live-action de “Ratatouille”. 


Diretor da Pixar afirma que não fará remakes live-actions: “São tediosos”
Josh O’Connor e o personagem Alfredo Linguini (Foto: reprodução/Dimitrios Kambouris/Pixar Animation Studios)

O ator, por sua vez, já declarou seu amor pelo filme animado de 2007, no entanto, o diretor comentou que a escalação não deve acontecer. 

Foco nas animações

No mês passado, Pete declarou ao portal Bloomberg que o estúdio manteria o equilíbrio de produções com algumas sequências, indo na contramão do empenho da Disney em traduzir seus clássicos como “Pequena Sereia”, “Rei Leão” e o recente “Moana” para live-actions.

“É difícil. Todo mundo diz: ‘Por que eles não fazem mais coisas originais?’ E então, quando fazemos, as pessoas não veem porque não estão familiarizadas com isso. Com sequências, as pessoas pensam: ‘Oh, eu já vi isso. Eu sei que gosto disso.’ As sequências são muito valiosas dessa forma.”

Pete Docter

A estreia mais recente da Pixar é “Divertidamente 2” que chegará aos cinemas brasileiros no dia 20 de junho.

Deixe um comentário

Deixe um comentário