Ex-primeira-dama da França é indiciada por irregularidades em campanha eleitoral

Sabrina Oliveira Por Sabrina Oliveira
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Foto destaque: Carla Bruni, ex-primeira dama da França (Reprodução/Instagram/@carlabruniofficial)

Nesta terça-feira (09), a justiça francesa decidiu acusar a cantora e ex-primeira dama do país, Carla Bruni, por auxiliar em irregularidades no financiamento da campanha eleitoral do seu marido, o ex-presidente Nicolas Sarkozy, ocorrida em 2007. Segundo a justiça, Carla teria manipulado algumas testemunhas e participado ativamente de uma associação criminosa para cometer o crime. 

Controle judicial 

As suspeitas da justiça francesa são de que o dinheiro utilizado na campanha eleitoral tenha vindo da Líbia, e a principal testemunha do caso, o empresário Ziad Takieddine, confirmou a informação. Ele afirma que chegou a entregar uma pasta com milhões de euros vindo do ditador líbio Muammar Khaddafi para o líder da equipe de Nicolas Sarkozy, mas recentemente ele voltou atrás e negou que tenha realizado essa transação. 

Segundo as análises realizadas, as pessoas próximas a Sarkozy teriam agido e influenciado o empresário a mudar seu depoimento e uma dessas pessoas seria Carla Bruni. A polícia, em investigações, descobriu que a ex-primeira dama apagou mensagens de uma conversa com a jornalista francesa Michele Marchand após a comunicadora ser acusada de manipular testemunhas em 2021. 


Nicolas Sarkozy e Carla Bruni (Foto: reprodução/Christian Liewig – Corbis/Corbis via Getty Images Embed)


Com a acusação, a justiça decidiu colocar Carla Bruni em controle judicial e proibi-la de contatar outras pessoas envolvidas no caso, exceto seu marido, Nicolas Sarkozy. Os advogados de Carla lamentaram a decisão afirmando ser uma acusação infundada. Eles também declararam que a ex-primeira dama irá recorrer do processo. 

Caso se iniciou em 2021

O caso começou a ser investigado em 2021, mas somente em 2023 que Sarkozy foi indiciado pela justiça. Ele é acusado de formar associações criminosas para realizar uma fraude judicial e de manipular testemunhas. Em abril de 2024, ele chegou a entrar com um pedido de anulação do processo que não foi deferido pela justiça. 

Apesar de negar todas as acusações, o político seguirá para julgamento que deve ocorrer no início de 2025.


Ex-presidente Nicolas Sarkozy (Foto: reprodução/Luke Dray/Getty Images Embed)


Nicolas Sarkozy foi presidente da França entre os anos de 2007 a 2021 e faz parte do partido republicano do país. Em 2021, ele chegou a ser condenado pela campanha eleitoral realizada no ano de 2012. Sarkozy foi acusado de financiar ilegalmente sua candidatura e por corrupção e foi sentenciado a um ano de prisão na época. 

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