A data 15 de julho de 1997 carrega um grande pesar para os apreciadores de moda: a morte do fundador e estilista da icônica grife italiana Versace. Gianni Versace não era apenas um estilista talentoso; ele se tornou uma celebridade, sempre cercado por supermodelos que ele próprio ajudou a popularizar. Em 1997, Versace alcançava o auge de sua marca, um período de grande sucesso que foi tristemente marcado por sua perda.
Atualmente, Gianni Versace ainda é lembrado como uma figura de grande influência e poder. Suas criações continuam a impactar o mundo da moda e da beleza. Além disso, sua vida e obra têm sido fonte de inspiração para documentários e séries de televisão.
Considerando toda a influência que Gianni Versace ainda exerce na cultura pop, há várias curiosidades interessantes sobre sua vida antes e depois de sua morte. Esses detalhes nos ajudam a entender como a marca Versace se tornou icônica e conseguiu manter seu legado vivo mesmo após sua partida.
A morte de Gianni Versace e a cultura pop
Devido à brutalidade e à intensa cobertura midiática de sua morte, o caso de Gianni Versace tornou-se tão conhecido quanto o próprio estilista. Por essa razão, ele se tornou uma fonte significativa para representações no audiovisual e na cultura pop.
Em 2018, entre os muitos projetos que Ryan Murphy propôs para a FX, destaca-se The Assassination of Gianni Versace: American Crime Story. Edgar Ramirez, de Joy: O Nome do Sucesso, interpretou o estilista, enquanto Penélope Cruz assumiu o papel de Donatella. Darren Criss, astro de Glee, trouxe à vida Andrew Cunanan, o assassino. A série aborda os últimos dias de Gianni Versace e explora a complexa relação entre ele e o psicopata que o assassinou.
Trailer de American Crime Story: The Assassination of Gianni Versace (Reprodução/YouTube/@AmericanCrimeStoryBrasil)
Vencedora de diversos prêmios, incluindo Emmys, a série também contou com a participação do cantor Ricky Martin no elenco. Ele interpretou Antonio D’Amico, companheiro de Gianni Versace, que também foi quem encontrou o estilista sem vida em sua mansão.
A mansão de Gianni Versace
Gianni Versace foi tragicamente assassinado em sua própria residência, conhecida como Casa Casuarina, localizada na famosa Ocean Drive. A mansão, profundamente inspirada na cultura grega, refletia intensamente o amor de Gianni por esse universo.
Sua paixão pela Grécia teve origem nas histórias que cercavam sua terra natal, a Calábria. Essa fascinação o levou ao Liceo Classico Tommaso Campanella, onde estudou latim e grego antigo, embora não tenha concluído os estudos.
Atualmente, a mansão de Gianni Versace funciona como um hotel e restaurante aberto ao público, tornando-se um ponto turístico icônico em Miami. Essa transformação não apenas preserva o legado arquitetônico e cultural da residência, mas também promove o reconhecimento contínuo da grife Versace.
A simbologia da Medusa para Versace
Gianni Versace, apaixonado pela cultura grega, incorporou tanto em sua casa quanto em suas criações a figura mitológica da Medusa. Escolhendo-a como ícone de sua marca e tema de decoração de sua residência, Versace via suas mulheres como irresistivelmente sedutoras, capazes de “petrificar” quem as contemplasse.
Símbolo da Medusa utilizado em peças da marca atualmente (Reprodução/Edward Berthelot/Getty Images Embed)
Dessa forma, Versace e sua marca fortaleceram a ideia de femme fatale no universo da moda, incorporando simbologia grega que ainda permeia as criações da Versace até hoje.
A rivalidade entre Gianni Versace e Giorgio Armani
Segundo a biografia House of Versace de Deborah Ball, Gianni Versace é conhecido por ter dito a icônica frase “Armani veste a esposa, Versace veste a amante”. Para muitos, essa afirmação poderia parecer ofensiva para a marca Versace, mas o próprio estilista encorajava esse discurso, celebrando a ideia de que a moda poderia ser sexy, com decotes profundos, saias curtíssimas e fendas intermináveis.
Gianni Versace, Naomi Campbell e Carla Bruni (Reprodução/Dave M. Benett/Getty Images Embed)
Gianni Versace foi um pioneiro no fenômeno das supermodels, lançando nomes como Naomi Campbell, Carla Bruni e Cindy Crawford ao estrelato. Sua moda não apenas dominou as passarelas, mas também conquistou o red carpet, tornando-se uma escolha frequente entre celebridades em busca do impacto e glamour característicos de suas criações.
Donatella Versace, sua sucessora
Donatella, irmã de Gianni, não era estranha ao mundo da moda quando assumiu o cargo deixado pelo irmão. Em 1989, ela assumiu a direção criativa da segunda linha da Versace, a Versus, tornando-a mais pop e acessível. Antes disso, já havia deixado sua marca como stylist em vários desfiles e também contribuído com o design de acessórios.
No seu testamento, Gianni deixou a Versace para sua sobrinha Allegra após sua morte. Entretanto, na época, Allegra tinha apenas 11 anos, e Gianni não previu que ela assumiria tão cedo. Assim, Donatella assumiu a marca, papel que continua desempenhando até hoje, com Allegra atuando como diretora.
Anos dourados da Versace
Entre 1991 e 1995, Gianni Versace apresentou algumas de suas coleções mais célebres, como Vogue, Warhol, My Friend Elton, Icons, Baroque, Animalia, Native Americans, Tresor de la Mer, Metal Mesh e Butterflies.
Estas coleções foram tão marcantes que são instantaneamente reconhecíveis e frequentemente reinterpretadas e incorporadas nas coleções mais recentes da marca.