A fala ocorreu durante a coletiva de imprensa após a partida, justificou a desorganização tática da equipe a indígenas.
Alegou que em momento algum foi para ofender ou atacar, e que era apenas uma ‘expressão do futebol’: ‘Vivo e trabalho no Brasil desde 2020 e tenho profundo respeito por todos os brasileiros. As pessoas já conhecem o meu caráter, minhas condutas e minhas ações sociais. Sabem também que eu repudio completamente toda forma de preconceito’, afirmou o técnico do Verdão.
Situação parecida no clássico paulista
Durante o Choque-Rei pelo paulistão, o próprio Abel Ferreira foi alvo de xenofobia pelo diretor de futebol do São Paulo, Carlos Belmonte. Houve um desentendimento entre ambas as partes, e no túnel em direção aos vestiários, o dirigente tricolor se referiu a Abel como “português de merda”,
Antes do duelo desta vez pelo Brasileirão, Carlos pediu desculpas pelo que disse e abraçou o técnico do Verdão no corredor do Morumbis.
Abel pede desculpas: “errei”
O treinador publicou em seu Instagram um pedido de desculpas após usar expressões xenofóbicas, reconhecendo que errou ao usar a palavra “índio” para analisar a desorganização tática do elenco durante a partida.
“Repudio toda e qualquer forma de preconceito e discriminação. Infelizmente, há expressões que continuamos a perpetuar sem que nos debrucemos sobre o seu conteúdo. Errei ao usar uma dessas expressões na coletiva de imprensa. Reconheço que palavras têm poder e impacto, independentemente da intenção.” – texto assinado pelo técnico.
A Lei Federal 7.716/89, conhecida como Lei do Racismo, é uma legislação crucial no combate à discriminação racial no Brasil. Ela estabelece que praticar, induzir ou incitar a discriminação ou preconceito de raça, cor, etnia, religião ou procedência nacional é crime inafiançável e imprescritível.