A atleta Flavia Saraiva machucou o supercílio direito após cair das barras assimétricas. Flavinha estava aquecendo para a disputa da final por equipes que garantiu uma medalha inédita para o Brasil nos Jogos Olímpicos, nesta terça-feira (30).
Após a queda, a medalhista de bronze saiu da área do aparelho e aguardou atendimento médico da equipe brasileira. Foi feito um curativo no local para diminuir o sangramento e a atleta seguiu na disputa dos quatros aparelhos.
O machucado na sobrancelha não interferiu no desempenho e concentração de Flavia Saraiva na disputa. A brasileira foi a quarta a se apresentar nas barras assimétricas, fez uma boa performance e somou 13.666.
Flavia também disputou a trave, solo e o salto. Na trave, aparelho que possui o melhor desempenho, a brasileira de 24 anos desequilibrou sem cair e somou 13.433. A atleta do Time Flamengo não conseguiu a classificação para a final individual da trave.
No solo, com uma boa apresentação e sem erros significativos, Flavinha conquistou 13.533. No último aparelho disputado, recebeu 13.900 no salto, após um Yurchenko com dupla pirueta bem executado.
Entrevista após a queda
Após uma disputa emocionante pelo pódio inédito na final por equipes da ginástica artística feminina, Flavia Saraiva falou sobre a emoção de ganhar a medalha de bronze e contou sobre a queda.
Em entrevista à Globo, Flavia revelou que só percebeu a situação quando estava caída no chão. “Eu só perguntei onde eu estava. Botei a mão no rosto, meu olho sangrando, eu não estava entendendo nada“, disse ao jornalista da TV Globo.
A médica que realizou o atendimento imediato a Flavinha também concedeu entrevista após a conquista do bronze. Lara Ramalho, do Comitê Olímpico Brasileiro (COB), revelou à imprensa que foi utilizada uma cola para fechar os machucados na pele.
Lara também disse que o curativo foi trocado algumas vezes e que Flavia sentiu tonturas durante as apresentações da final. “Teve um pouco de dor. Em um momento, ela ficou um pouco tonta, mas foi muito rápido, muito momentâneo. A gente, toda hora, pediu o feedback dela. Ela dizia que estava tudo bem, que estava se sentindo bem para fazer o aparelho”, informou a médica.
A ginasta será avaliada e monitorada nos próximos dias para verificar a necessidade de algum procedimento no local afetado pela queda.
Flavinha em Paris
Flavinha ainda está na disputa de mais uma medalha no individual geral. A atleta disputará ao lado de Rebeca Andrade. A final acontece na próxima quinta-feira (1), às 13h15 pelo horário de Brasília.
Essa é a terceira vez que a ginasta disputa as Olimpíadas e a primeira vez que conquista uma medalha olímpica. A melhor colocação de Flavia Saraiva nos Jogos Olímpicos era o quinto lugar na trave que conquistou na Rio 2016.