Na madrugada desta quinta-feira(01), o brasileiro Caio Bonfim conquistou sua primeira medalha olímpica em sua quarta participação nos jogos. O brasileiro assumiu a primeira posição já na largada, porém foi alcançado e chegou a ficar em 35° lugar. Após recuperação perto da metade da prova, retornou para a primeira posição e assumiu a liderança. No final da prova, Caio terminou na segunda colocação atrás de Brian Pintado, conquistando a medalha de prata.
Caio Bonfim
Caio vive em Sobradinho (DF), é treinado pela sua mãe Ginete Bonfim que é oito vezes campeã brasileira. O treinado dela foi João Sena, seu marido e pai de Caio, sendo a marcha atlética algo de família. Juntos, os três são responsáveis pelo centro de atletismo de Sobradinho.
Caio Bonfim e Gianette Bonfim, sua mãe e treinadora foto: reprodução/Instagram/@caiobonfims)
O atleta de 33 anos é experiente quando o assunto se trata de Jogos Olímpicos, pois participou das edições de Londres em 2012, Rio em 2016 e Tóquio em 2021. Caio chegou a ficar em quarto lugar no Rio, mas a tão sonhada medalha veio somente em Paris.
Marcha atlética
Marcha atlética é uma modalidade que faz parte do atletismo e é conhecida por sua técnica de sempre manter o contato constante com o solo enquanto caminha rapidamente. As competições são geralmente realizadas em distâncias variadas, incluindo 20 km e 50 km. Os atletas não podem levantar os dois pés do chão ao mesmo tempo ou dobrar as pernas inadequadamente, e são monitorados pelos juízes para garantirem que as regras estão sendo cumpridas.
Marcha Atlética nos Jogos olímpicos de Paris (foto: reprodução/Instagram/@caiobonfims)
Preconceito na marcha
O movimento executado pelos atletas na marcha atlética com o intuito de não tirar os pés do chão e nem flexionar os joelhos, faz com que eles balancem o quadril, e isso gera preconceito sobre modalidade. Após conquistar o segundo lugar, Caio desabafou sobre o preconceito que sofria.
“Nós somos medalhistas olímpicos. Eu fui muito xingado no primeiro dia que marchei com meu pai. Não é me fazendo de vítima. Eu só comecei com 16 anos, porque era muito difícil ser marchador. Eu decidi ser xingado e não ter problema com isso, difícil não foi a prova de hoje, foi vencer o preconceito”.
Caio ressaltou que sentiu o preconceito diminuir depois que foi quarto lugar nas olimpíadas do Rio de Janeiro, e pelo que tudo indica dever diminuir ainda mais agora que o Brasil conquistou a primeira medalha olímpica na modalidade.