A Semana de Moda de Nova York foi marcada por um momento histórico na noite desta sexta-feira (06): a Alaïa escolheu o Museu Guggenheim como palco para apresentar sua coleção de verão 2025, consolidando seu lugar entre os grandes nomes da moda.
Desfile da Alaïa para a NYFW (Vídeo: reprodução/Instagram/@maisonalaia)
Com a coleção de verão de 2025, a Maison demonstra como o sportswear americano pode ser elegante e sensual, através de peças simples e bem construídas que celebram a feminilidade.
Destaques da coleção de Alaïa
Sob a direção criativa de Pieter Mulier, o top faixa apareceu em 20 dos 47 looks apresentados no desfile. As peças variavam entre tons de pele das modelos ou transparências, proporcionando um toque de sensualidade, apesar de serem itens usuais no guarda-roupa feminino. A composição era complementada por vestidos, jaquetas e peças de cintura baixa, como saias e calças, ressaltando a versatilidade e o apelo estético do top.
Como esperado da marca, a coleção também se concentrou em peças escultóricas. Entre elas, calça palazzo com movimento fluido, e texturas dramáticas, como o casaco espiral de lã macia e grossa, tricotado em seda cor de rosa claro.
A coleção explorou a relação entre o corpo e a roupa de forma inovadora. Vestidos com recortes abstratos que se adaptavam perfeitamente ao corpo das modelos, saias plissadas que fluíam com o movimento e calças volumosas que criavam silhuetas ousadas foram algumas das propostas apresentadas.
O desfile apresentou um mix de elementos, com colares de ouro em posições inusitadas, contrastando com a delicadeza dos lóbulos das modelos. As bolsas de couro, versáteis e práticas, se adaptaram a diferentes estilos.
História da marca
Azzedine Alaïa, conhecido por suas criações atemporais e minimalistas, foi profundamente influenciado pela moda americana. A praticidade e o conforto, marcas registradas da moda estadunidense a partir da metade do século XX, podem ser percebidas em suas peças, que valorizam o corpo feminino com linhas simples e elegantes. O estilista era um grande colecionador de peças de designers americanos.
O designer tunisiano, que fez carreira em Paris, faleceu em 2017. A marca já estava sob o controle do grupo Richemont, mas apenas em 2021 Pieter Mulier assumiu o cargo de diretor criativo. Desde sua nomeação, ele busca modernizar a visão e o legado do fundador, adaptando-os a um cenário onde a imagem e a história por trás da moda têm mais relevância do que a própria peça de roupa.