Cid Moreira, que faleceu na quinta-feira (3/10), aos 97 anos, tomou a decisão de retirar seus filhos, Rodrigo e Roger Moreira, de seu testamento, fazendo a fortuna de R$ 60 milhões ser deixada integralmente para sua viúva, Fátima Sampaio. Essa escolha acirrou ainda mais a briga familiar, que já é conhecida desde 2021. Segundo o advogado de Fátima, Cid tomou essa decisão respaldado por laudos médicos e justificou a exclusão dos filhos com base na “indignidade”, conforme previsto no Código Civil.
Briga familiar e acusações
A exclusão de Rodrigo e Roger do testamento não é apenas uma decisão patrimonial, mas mostra uma relação familiar conturbada, já que, logo após o falecimento de Cid, os filhos requisitaram a abertura do inventário, o que foi interpretado como uma evidência de que o interesse deles estava centrado apenas na fortuna do pai. O advogado da viúva, Davi de Souza Saldaño, explicou que Cid revisava seu testamento anualmente, sempre respaldado por laudos médicos que confirmavam sua capacidade civil. A decisão de deserdar os filhos foi sustentada pela alegação de “indignidade”, referindo-se a comportamentos que poderiam incluir injúria grave e abandono por parte dos filhos.
Doações a causas humanitárias
Além da polêmica sobre a herança, Cid Moreira também decidiu destinar parte de sua fortuna a uma organização humanitária, a Agência Adventista de Desenvolvimento e Recursos Assistenciais (Adra), que apoia crianças abandonadas.
Fátima Sampaio revelou que Cid havia assinado documentos de doação antes de sua morte, demonstrando seu desejo de retribuir o carinho que recebeu ao narrar a Bíblia Sagrada. A viúva ainda compartilhou que Cid estabeleceu um contrato com uma empresa de inteligência artificial para que sua voz continue a narrar a Bíblia em várias línguas, garantindo que seu legado e sua contribuição para a cultura e a sociedade continuem mesmo após seu falecimento.