Israel ataca Irã e eleva tensão no Oriente Médio

Israel e Irã em conflito. Poder aéreo, estratégia militar e tensão nuclear redefinem o equilíbrio no Oriente Médio

Andressa de Paula Por Andressa de Paula
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Foto destaque: Alvos de ataques de Israel no Irã e na Síria (reprodução/Instagram/@geo.decorpoealma)

Conflitos no Oriente Médio entram em uma nova fase com lançamentos ataques aéreos de Israel contra Teerã e Damasco, na madrugada deste sábado (26). Moradores relataram sons de explosões próximas das capitais do Irã e Síria. O ataque marca uma amplificação dos atritos entre Israel e o grupo Hezbollah, onde Israel declarou que os ataques foram uma resposta às ameaças recebidas recentemente.

Diferenças no poder militar

A força aérea israelense conta com equipamentos de última geração fornecidos pelos EUA. Tendo parte de seu equipamento composto por caças F-35, F16 e F-15, Israel possui uma grande vantagem tecnológica militar em relação ao Irã, que grande parte de sua frota é composta por modelos mais antigos. Além de usufrui de alta tecnologia, Israel controla maior parte dos céus do Oriente Médio desde o fim da Guerra dos Seis Dias em 1967.

Enquanto o orçamento militar de Israel conta com aproximadamente 19,4 mil milhões de dólares, o investimento na defesa do Irã é de 44 mil milhões. Contudo, o Irã compensa sua tecnologia defasada fazendo uso de drones como o Shahed-136 e o Mohajer-10, que possuem um alcance de até 2.000 km.


Bombardeios nos subúrbios ao sul de Beirute
Bombardeio de Israel ao sul de Beirute no dia 25, sexta-feira (Foto: reprodução/O Tempo)

Potencial nuclear e sistemas de defesa

Israel contém aproximadamente 90 ogivas nucleares, que podem ser lançadas por caças e mísseis Jericho 2, enquanto o Irã possui um programa nuclear avançado e em fase de enriquecimento de urânio. Então, enquanto por um lado Israel possui avançados sistemas como “Iron Dome”, “Arrow” e “Iron Beam”, por outro o Irã possui sistemas S300 de curto e médio alcance.

Na análise das recentes intensificações de conflitos entre Israel e Hezbollah, especialistas apontam a possibilidade de operações mais diretas entre Israel e Irã, ampliando também os conflitos no Oriente Médio.