“Ainda Estou Aqui” alcança marca de 2 milhões de espectadores

Longa narra o desaparecimento, prisão e morte de Rubens Paiva, deputado federal vítima da ditadura militar em 1971

Bruno Martins Por Bruno Martins
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Foto destaque: imagem oficial do filme “Ainda Estou Aqui” (reprodução/Instagram/@sonypicturesbr)

Filme brasileiro que pode estar na premiação do Oscar, “Ainda Estou Aqui” segue fazendo história no Brasil. O longa, que estreou no dia 7 de novembro nos cinemas, atingiu a marca de dois milhões de espectadores em menos de um mês em exibição. A obra está perto de superar o filme “Minha irmã e eu” como o filme mais visto no Brasil desde a pandemia da Covid-19.

Líder de bilheteria

Apesar de grandes produções estrangeiras, o filme brasileiro está na liderança de bilheteria da última semana. A produção estrelada por Fernanda Torres ultrapassou o longa “Wicked”, tornando-se o mais visto da última semana nos cinemas por todo o Brasil. “Ainda Estou Aqui”, com sua popularidade, também ficou na frente de “Gladiador 2”, sequência do clássico filme de 2000.


Mídia auxiliar.
Elenco de “Ainda Estou Aqui” no 81º Festival de Veneza (Foto: reprodução/Instagram/@sonypicturesbr)

Além disso, “Ainda Estou Aqui”, tornou-se o filme dirigido por Walter Salles com maior público nos cinemas brasileiros. A marca foi atingida entre os dias 21 e 24 de novembro. No último final de semana, conforme dados do Comscore, o filme arrecadou R$ 8,9 milhões e um público de 390 mil pessoas. Antes, o filme de maior sucesso do diretor era o clássico “Central do Brasil”, que teve 1,6 milhões de espectadores entre 1998 e 1999.

Uma história do Brasil

“Ainda Estou Aqui” é uma adaptação do livro homônimo e autobiográfico do jornalista Marcelo Rubens Paiva. A obra conta a história de seu próprio pai, Rubens Paiva, um deputado federal que foi preso, torturado e morto pela ditadura militar em 1971, no Rio de Janeiro.


Dirigido por Walter Salles, "Ainda Estou Aqui" continua fazendo sucesso.
Walter Salles e Fernanda Torres durante gravações de “Ainda Estou Aqui” (Foto: reprodução/X/ @mahteocosta)

A trama conta como Eunice Paiva, mãe de Marcelo Rubens Paiva, precisa mudar totalmente sua rotina após o marido ser exilado. Ela se vê obrigada a tornar-se ativista dos direitos humanos após o desaparecimento do marido durante o regime de exceção que imperou no Brasil entre 1964 e 1985.