Milei acusa Maduro de “sequestro” após prisão de agente argentino na Venezuela

Presidente argentino critica governo venezuelano por detenção de funcionário diplomático; crise diplomática entre os dois países se intensifica

Yasmin Souza Por Yasmin Souza
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Foto Destaque: O presidente argentino, Javier Milei, criticou Nicolás Maduro e exigiu a libertação imediata de um diplomata argentino detido na Venezuela — (Reprodução/ EFE/ André Coelho)

O presidente da Argentina, Javier Milei, acusou Nicolás Maduro, líder venezuelano, de cometer um “sequestro” e chamou-o de “ditador criminoso”, após a prisão de um agente diplomático argentino na Venezuela. O incidente eleva a tensão entre os dois países e reacende o embate ideológico no cenário sul-americano.

A detenção do funcionário ocorreu na última segunda-feira (16) e foi classificada como arbitrária pelo governo argentino. Milei exige a libertação imediata e ameaça levar o caso a organismos internacionais.


Argentina exige liberação imediata e ameaça consequência — (Vídeo: Reprodução / YouTube / CNN Brasil)

“Ditador criminoso”: a postura de Milei

O presidente argentino Javier Milei, conhecido por suas declarações contundentes, não poupou críticas ao governo de Nicolás Maduro após a prisão de um agente diplomático argentino. Em pronunciamento, Milei classificou Maduro como um “ditador criminoso” e acusou o governo venezuelano de realizar um “sequestro” que desrespeita convenções internacionais.

A Argentina não irá tolerar atos desta natureza contra seus cidadãos e deplora estas práticas que contrariam os princípios do respeito à liberdade individual e à dignidade humana”, lê-se no texto:


Comunicado oficial da República Argentina — (foto: Reprodução/ poder360)

Reação diplomática da Argentina

O Ministério das Relações Exteriores da Argentina acionou formalmente organismos como a Organização dos Estados Americanos (OEA) e a ONU, denunciando a prisão como uma violação da Convenção de Viena, que protege agentes diplomáticos no exercício de suas funções. Autoridades argentinas também reforçaram o apelo pela libertação imediata do funcionário, enquanto classificaram o episódio como “gravíssimo”.

A Argentina sinalizou que poderá adotar medidas mais duras contra a Venezuela, incluindo o rompimento total das relações diplomáticas. Até o momento, o governo de Maduro não se manifestou oficialmente, mantendo silêncio sobre as circunstâncias da detenção.

Desdobramentos e expectativa internacional

Javier Milei, desde o início de seu mandato, tem criticado abertamente regimes autoritários, buscando alinhamento com lideranças conservadoras internacionais. Analistas afirmam que a postura do governo argentino poderá atrair apoio de países alinhados contra Maduro.

Enquanto a crise evolui, organismos internacionais como a ONU e a OEA são pressionados a intervir no caso, o que pode determinar os próximos desdobramentos da relação entre Argentina e Venezuela.