Se você é adepto às tendência do universo que gira em volta aos cuidados com a pele, provavelmente, já deve ter uma ideia do que é o clean beauty. Mas, se ainda não o conhece, te explicamos aqui. Em tradução livre, este termo nada mais é que “beleza limpa”, de modo breve, trata-se de cosméticos livres de toxinas.
Mulher em frente ao espelho passando um produto no rosto (Foto: Reprodução/Pexels)
Esse movimento tem o intuito de revolucionar a indústria da beleza, formado por marcas e usuários que se preocupam com as questões ambientais e de saúde. Isto é, tem como propósito desenvolver produtos que fazem bem tanto à natureza quanto à saúde humana e o seu bem-estar, gerando uma conscientização das marcas ao propor um impacto ambiental reduzido no mundo beauty.
É notório o aumento de discussões, assim como de uma movimentação mais ampla no que diz respeito a um estilo de vida saudável e de um mundo mais sustentável, seja na moda ou na alimentação. Agora, a preocupação não está somente com a aparência, o que os consumidores também têm buscado é a segurança e a efetividade em relação aos cosméticos que utilizam no maior órgão do corpo humano, a pele.
Uma pesquisa realizada entre março e abril de 2021, pela empresa de tecnologia Opinion Box para a Flora, proprietária da OX Cosméticos, com cerca de 500 brasileiros, apontou que, recentemente, 75% das pessoas mudaram seu critério de escolha de produtos de beleza, e 40% priorizaram produtos com uma quantidade mínima de químicos e ingredientes naturais.
Vale destacar, que na indústria da beleza limpa ainda não há uma regulamentação nacional ou internacional que estabeleça se um cosmético realmente se encaixa como limpo ou não. Apesar disso, há diversos estudos que alegam existir substâncias que são extremamente prejudiciais à saúde, causando problemas que vão desde alergias à infertilidade, por exemplo, como mostra um relatório da Organização Mundial da Saúde (OMS).
Os cosméticos convencionais, que em sua composição estão presentes ingredientes químicos, usados diariamente ou por longos anos, podem alterar a saúde do organismo e da pele. Veja abaixo alguns dos principais produtos que não entram no clean beauty:
- Parabenos
- Petrolatos
- Ftalatos
- Sulfatos
- Triclosan
- Fragrâncias
Nem sempre é natural
No ramo da beleza, cada marca traz consigo uma definição própria do que é ser clean, no entanto, para que efetivamente ela carregue esse rótulo, as toxinas não devem passar nem perto das formulações em seus produtos. Mas, não quer dizer que esse conceito esteja associado a termos como natural, orgânico, vegano e sintético. Pois é, quem pensa que os produtos orgânicos são os mesmos que veganos ou que cosméticos veganos são clean está enganado.
As marcas naturais e orgânicas costumam utilizar de ativos naturais e orgânicos, mas não são necessariamente livres de toxinas. Já as marcas veganas, que não fazem teste em animais e não utilizam ativos de origem animal, também não indicam que suas formulações são “limpas”. Contudo, há marcas que prometem englobar todos estes fatores, a chamada High Clean Beauty.
Pessoa passando um produto em creme na pele (Foto: Reprodução/Pexels)
E são vários os benefícios que esse movimento pode proporcionar. Se você sofre com alergias na pele ou em outros pontos, queimaduras ou irritações cutâneas, alguns dos produtos do clean beauty podem diminuir, ou até mesmo, fazer com que desapareçam quaisquer indícios desses problemas atópicos. Sem contar que, tende a evitar a prevenção de doenças ligadas ao uso de substâncias e conservantes que prejudicam à saúde.
O “segredo” do processo de produção do clean beauty envolve a tecnologia sustentável, conhecida também como biotecnologia, aliada ao produto (substância) que vem direto da natureza.
Consumo consciente
Buscar informações acerca dos produtos e marcas que você consome é um dos pontos cruciais para entender como de fato funciona o movimento de beleza limpa. Uma das ideias dessa tendência é que as marcas apresentem transparência em todo o processo de produção dos cosméticos, para que o consumidor conheça o que contém nas fórmulas, quais são os ingredientes utilizados, e, que assim, ele possa por ele mesmo decidir o que consumir, sem deixar se levar por um determinado tipo de marketing enganoso.
Ao optar por marcas e produtos que contribuem para questões socioambientais, você colabora não só para a sua qualidade de vida, como para a expectativa de um planeta mais limpo e sustentável.
“Alô, dermato!”
Atente-se, antes de fazer qualquer tipo de experimento, o ideal é recorrer ao auxílio de uma dermatologista e descobrir o que realmente funciona ou não na sua pele. E lembre-se, leia o rótulo para saber qual a verdadeira composição daquilo que você consome (essa dica serve tanto para produtos de beleza, quanto para os alimentos industrializados).
Foto Destaque: Duas mulheres utilizando produtos para a pele. Reprodução/Freepik