Criado durante a pandemia Pronampe continuará auxiliando no mercado

Juliana Pequeno Por Juliana Pequeno
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O Pronampe foi criado durante a pandemia para apoiar pequenos negócios. Pronampe é a sigla para Programa Nacional de Apoio às Microempresas e Empresas de Pequeno Porte, ele foi instituído pelo governo federal em maio de 2020 por meio da Lei 13.999. A princípio a ideia criando o Pronampe era conter os reflexos da crise econômica causados pela pandemia. Em junho de 2021, porém, tornou-se um programa permanente de crédito por meio da Lei 14.161.

No final de julho uma nova fase foi iniciada, com R$ 50 bilhões disponíveis para pequenos e médio negócios, o programa passou a contemplar pedidos de microempreendedores individuais – a inclusão dos MEI’s, ampliando a oferta dos recursos para 98% das empresas do país. Segundo Odacir Peixoto, Superintendente de Produtos do Itaú, a iniciativa oferece uma importante fonte de recursos para lidar com os desafios do cenário econômico atual. “Os efeitos colaterais da pandemia ainda impactam muitos empreendedores. Em um período marcado pela inflação e pelo aumento de custos, o Pronampe apresenta uma grande oportunidade para reorganizar as finanças e equilibrar o fluxo de caixa”, informa ele para o site Pegn.

E quem o programa atende?

Microempreendedores Individuais (MEI) com faturamento anual de até R$ 81 mil – Microempresas (ME) com faturamento anual de até R$ 350 mil – Empresas de pequeno porte (EPP) com faturamento anual de R$ 360 mil a R$ 4,8 milhões.


 

Regras e condições do Pronampe (Foto:Reprodução/Pegn)


“O Pronampe pode ser usado para diversos tipos de situações, como adequação do fluxo de caixa, reestruturação de dívidas ou até mesmo reinvestimento no negócio. Para demandas emergenciais de curto prazo, pode ser interessante analisar opções de crédito mais específicas”, diz Peixoto. “O ponto mais importante é entender que o empréstimo gera um ônus que demanda planejamento e organização para o pagamento das parcelas”. O executivo informa também que a estratégia de pagamentos deve começar pela projeção das entradas e saídas futuras. “Muitos empreendedores se preocupam apenas com os números imediatos do fluxo de caixa. Mas é essencial fazer um exercício dos acontecimentos e imprevistos que podem afetar o pagamento das parcelas nos meses seguintes”.

O empreendedor Sérgio de Melo Távora Esteves, 36 anos, teve suas operações paralisadas durante os lockdowns de 2020. Sócio de uma unidade da Vignoli Cucina, rede especializada em culinária italiana, precisou utilizar o programa para manter o seu negócio. “As vendas foram interrompidas da noite para o dia. Além dos custos fixos, precisava garantir o pagamento de uma equipe de onze funcionários”, afirma Esteves. “Ele foi aprovado para uma linha de R$ 300 mil operada pelo Itaú aproveitamos a carência de seis meses para manter os salários em dia, atualizar o estoque e fazer as melhorias necessárias para o retorno das atividades”, diz.

 

Foto destaque: Sala de reunião. Reprodução/Freepik

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