Melasma: o que deixa nossa pele manchada e como tratar?

Gabriele Reis Por Gabriele Reis
4 min de leitura

Comum entre o povo brasileiro, por conta do clima tropical, o melasma é uma condição que atinge principalmente mulheres jovens em seus mais variados tipos de pele, tanto no rosto quanto no corpo.

A regra é clara, quanto mais falta de melanina e mais clara a sua pele for dotada, mais provável de que você desenvolva essas manchas pela camada mais superficial da pele.


Pele com melasma moderado. (Reprodução/AdobeStock).


A verdade é que o melasma pode surgir de duas formas principais: pela falta de proteção contra os raios solares mais nocivos, como o UVA, mas também pode se tornar conhecido com a luz invisível através da radiação da luz azul e dos raios UVB.

O que se descobriu do melasma, de acordo com a ex-presidente da Sociedade Brasileira de Dermatologia, Denise Steiner, é que a pele, além de ficar enegrecida, também desenvolve um envelhecimento não natural nas camadas atingidas pela radiação.

Ocorre a perda elastina e o aceleramento da flacidez precoce nessa pele, em seus mais variados graus, te dando aquele aspecto mais velho do qual você foge. Mas não é somente isso: o melasma pode até mesmo degenerar a membrana que separa a derme da epiderme, causando uma inflamação vascular.

É por esse motivo que não se recomenda apenas o clareamento da área atingida pela condição, mas também a restauração dessa pele através de terapias associadas.

Para o clareamento, a cisteamina, tiamidol, metformina, metimazol, melatonina, entre outros, são os mais abrasivos e, portanto, os mais recomendados para peles mais sensíveis.


Simulação de pele com melasma tratada. (Reprodução/AdobeStock).


Antes da sugestão de um tratamento com terapias associadas, é importante que se faça um exame minucioso e integrativo de toda a condição das camadas da pele do paciente. São necessários exames gerais que avaliem seu metabolismo, níveis hormonais, para só nesse momento se considerar os procedimentos adequados.

Enfim, nas terapias associadas, os tratamentos são variados: microagulhamento, peeling e laser são os mais adequados para potencializar o clareamento da pele manchada, além de amenizar a inflamação vascular causada. Porém, por conta da perda do colágeno e da elasticidade da pele, bioestimuladores em geral, como a hidroxiapatita de cálcio, a plasmagem e o ácido hialurônico são necessários para as melhores combinações de terapias nesta condição.

Há ainda alimentos que devem ser evitados em excesso, para que não haja o agravamento da condição, como carboidratos, glúten e produtos lácteos, que estimulam a inflamação vascular do corpo.

Vale dizer também que comorbidades (resistência à insulina, pressão alta, doenças da tireóide, ovário policístico, endometriose, entre outras doenças crônicas) precisam ser tratadas e controladas antes que se considere um tratamento de melasma, então sempre esteja em contato com o seu médico e a sua saúde.

 

Foto destaque: Mulher com a pele acnéica e com melasma. Reprodução/FreePik.

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