Se você é uma pessoa que tem hábito de usar o TikTok muito possivelmente já se deparou com vários vídeos por lá propondo looks na cores da bandeira nacional, verde, azul e amarelo, ou então com croppeds, regatas e t-shirts em uma pegada retrô escrito Brasil ou algo mais ou menos assim. Esse barulho todo se trata do Brazil Core, mais uma “micro tendência” de moda. Essa focada em nosso país, nas cores de nossa bandeira e até em nosso gosto cativo pelos chinelos havaianas.
A influencer, stylist e designer Nat Carvalho ao mostrar sua versão da tendência escreveu, “vamo pegar essa bandeira de volta, nem que seja na força dela: da moda”. E é justamente essa a força do movimento aqui no Brasil. Os símbolos nacionais têm sido associados a determinado lado político, a direita do atual presidente Jair Bolsonaro, isso somado a proximidade da copa tem dado gás para os insatisfeitos ou aqueles que não se identificam com o atual governo quererem a bandeira de volta. E não há forma de expressão melhor que a moda.
Em abril dois artistas, que tem um posicionamento político bem claro, aderiram a tendência. Anitta ao subir no palco do Coachella e o Djonga em um de seus shows, o rapper ainda disse: “É tudo nosso, nada deles!”. A cantora Dualipa e a modelo Hailey Bieber, ambas em sua passagem pelo país durante o Rock In Rio, também exibiram sua versão do Brazil Core.
Hailey Bieber com camisa da seleção. (Foto: Reprodução/Hailey Bieber via Instagram)
O Brazil escrito em inglês não se trata de um erro de português, tem haver com o boom da tendência, quando várias It Girls gringas surgiram no TikTok e no Instagram fazendo uso da trend, muito possivelmente a relação do uso tenha a ver com a copa, sendo a Seleção Brasileira uma das favoritas para trazer a taça para casa, e não com o viés político que a coisa toda ganhou. Porém se formos pensar na origem mesmo, basta voltar nosso olhar para as periferias brasileiras, onde essa estética sempre esteve muito presente.
Quanto a isso cabe a reflexão acerca da boa e velha síndrome de vira-lata, de valorizar mais o que vem de fora. Cabe também a reflexão sobre o ciclo de tendências, se tudo que surge na internet e ganha relevância, engaja, é tendência, então nada é tendência? É tendência ou só algo comum em vários grupos sendo usado por alguém dentro do padrão?
Por fim, vendo a moda tão atrelada à política (tudo está), cabe refletir sobre a importância da mesma, já não existe tempo para “moda é futilidade”. Moda é expressão, linguagem e comunica o tempo todo. Muito antes da boca se abrir, a roupa já se comunicou por você.
Foto Destaque: Brazil Core (Reprodução/Arquivos da Moda)
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