Jogadora da seleção brasileira feminina de vôlei faz crítica sobre presença de jogadoras trans no esporte

Lipe Albuquerque Por Lipe Albuquerque
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A campeã olímpica Tandara, diz que respeita a decisão da CBV de autorizar a participações de mulheres trans nas competições, mas ressalta: “Eu acredito de verdade que não seja justo”

A oposta Tandara se posicionou novamente contra a presença de mulheres trans no vôlei feminino. Desta vez, em entrevista ao podcast “Oz Pod”, um programa da cidade de Osasco, a atleta fez críticas e diz não achar justa a participação de mulheres transexuais no esporte. Tandara também deixou claro que respeita Tifanny, a primeira e única mulher trans no vôlei profissional brasileiro.

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“Primeiramente, eu vou deixar bem claro que eu respeito a Tifanny, nós nos comunicamos, nós nos falamos sempre, eu tenho um respeito muito grande por ela, sabe? Eu sei das lutas dela como ser humano, enfim. Eu acredito muito que cada um tem que ocupar o seu espaço, mesmo, e tem que brigar por isso. Em 2018, eu dei uma entrevista, inclusive eu estava aqui em Osasco, quando eu disse que não concordava. E realmente essa minha opinião não muda, porque eu acredito de verdade que não seja justo”. Disse a oposta.

Atualmente, Tandara cumpre uma suspensão provisória por testar positivo para substância proibida ostarina em exame antidoping realizado em julho deste ano. O resultado do exame foi comunicado a atleta durante os jogos Olímpicos de Tóquio.


Oposta Tandara em jogo pela seleção feminina de vôlei.(Foto:Reprodução/Twitter)


 

 “É bem complicado principalmente falar disso, porque quando eu dei essa entrevista as pessoas levaram para um outro lado, falando que eu era transfóbica. Eu respeito, né? Então, assim, eu não concordo, porém, eu faço parte de um grupo em que tem a CBV como representante do voleibol e se eles, que são os órgãos importantes, eles autorizaram, eu tenho que respeitar essa opinião. Mesmo que eu não aceite, mesmo que eu não concorde, eu tenho que respeitar. E por isso eu respeito ela como ser humano e hoje, dando tudo certo, eu não vejo a hora da gente jogar junto. E é uma experiência que eu vou ter com ela, eu não tive isso antes. Nós nunca jogamos juntas. Jogamos contra só. Querendo ou não, a vinda dela para Osasco teve muito a minha influência. O Luizomar (Moura, técnico) entrou em contato comigo, pediu: “Liga pra ela”. Como eu tinha dado essa entrevista lá atrás, é uma coisa que ficou meio ali… Como eu já fazia parte do time, ele me ligou para que a gente conversasse. Eu fui uma das principais pessoas a ligar para ela e falar: “Vem jogar comigo. Vamos jogar junto. Vai ser bacana. Vamos ter essa experiência”. Tanto que ela até brinca: “Tem a pitbull, e eu sou a Rottweiler”. 

 

Foto destaque: Tandara oposta da seleção feminina de vôlei. Reprodução/FIVB.

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