O fim de 2022 está se aproximando, e junto com isso as festas de fim de ano estão chegando, preparação da ceia, juntar a família, planejar o próximo ano, fazer o que não conseguiu esse ano e colocar novas metas para o próximo. O que traz também a Síndrome de Final de Ano, que é comum em muitas pessoas, todas emoções e planejamento geram gatilho de ansiedade nas pessoas para começar o novo ciclo. Mas é apontado que nos idosos essa síndrome pode ser mais recorrente. O Folha de Pernambuco abordou o assunto e entrevistou a geriatra, Flávia Goldmann.
Em entrevista a profissional da saúde, explicou os motivos do porquê os idosos são mais afetados pelas angústias da vida, e como a época de fim de ano pode intensificar esses sentimentos. “Ela se sente mais fragilizada em relação a ela mesma mais jovem. Isso pode estar relacionado com o tempo de vida, com os capítulos importantes de histórias mal resolvidas ao longo da vida. Hoje em dia, as pessoas entenderam um pouco mais sobre a necessidade de manter bem a saúde mental, já as pessoas idosas não procuravam o tratamento da saúde emocional porque havia um preconceito que associava a psicologia ou psiquiatria à loucura. Então, eles não se permitiam cuidar das suas emoções”, contou.
Idosos conversando (Foto: Reprodução/Freepik)
Flávia ainda pontuou sobre as causas que geralmente levam à ansiedade de final de ano, “Os fatores que foram mal administrados ao longo do ano, as autocobranças, preenchimento de clichês sociais, desmoronam quando o final do ano se aproxima. Existe um ‘movimento de galope’ nos últimos dias do ano. As estatísticas apontam que a chance de suicídio de pessoas aumenta muito no dia 31 de dezembro”, concluiu a médica.
Faltam apenas 13 dias para o ano de 2022 acabar, o que significa encerrar ciclos o que começar outros, o que causa realmente um desconforto em algumas pessoas, devido às incertezas do futuro, e a falta de possibilidade de mudar algo ainda para esse ano.
Foto destaque: Senhora pensativa. Reprodução/Freepik
