Stella McCartney e Protein Evolution, a união por uma indústria mais sustentável

Maria Luiza da Silva Por Maria Luiza da Silva
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A estilista britânica e dona da marca que carrega seu nome, Stella McCartney anunciou novidades para 2023. Focada em sua missão de tornar o universo da moda um lugar mais sustentável, consciente e amigo do planeta anunciou a chegada de uma nova parceira em sua trajetória: Protein Evolution. 

A partir do próximo ano a Protein Evolution será responsável por processar o que sobrar dos tecidos de poliéster e nylon das coleções de Stella para criar novas fibras, que poderão ser usadas em vestuário, sapatos, acessórios, entre produtos que possam ser renováveis. A parceria terá como objetivo principal criar fibras que sejam boas como se fossem novas.

Isso poderá ser atingido a partir da tecnologia desenvolvida pela nova parceira da britânica, com base em enzimas capazes de dar nova vida aos tecidos sintéticos e outros resíduos plásticos, evitando o quanto for possível as emissões de gases. 


“Feito para ser refeito” – Stella McCartney dá mais um passo rumo ao pioneirismo da moda sustentável. (Foto: Reprodução/Vogue)


A Protein Evolution é uma empresa americana, fundada em 2020, que tem como propósito resolver uma das maiores lacunas deixadas pela indústria fashion, a reciclagem das várias fibras mistas utilizadas nos produtos. 

O cofundador e diretor de tecnologia da empresa, Scott Stankey, compartilhou o quanto o projeto será bom para aprender e testar a tecnologia e o processo patenteado por eles. O nosso processo de reciclagem biológica patenteado tem o poder de permitir esforços de circularidade em toda a indústria têxtil. Através de uma parceria com Stella McCartney, somos capazes de testar a nossa plataforma num ambiente real e aprender coletivamente a integrar sem problemas a tecnologia nos processos de fabricação existentes”, afirmou Scott.

A indústria têxtil está entre as três que mais poluem o meio ambiente e também, segundo dados levantados pela empresa, a indústria da moda é responsável por cerca de 10% da produção global de dióxido de carbono e que menos de 1% do que é recolhido vindo desse setor para reciclagem é transformado em novos têxteis ou peças.

A reciclagem de fibras, especialmente as mistas, como o poliéster e o nylon, ainda são um dos maiores gaps do mundo da moda, sendo uma questão importante para as marcas interessadas em se tornarem mais sustentáveis. 

Stella, que já é popularmente conhecida no meio por seu caráter eco friendly (até mesmo antes do termo se tornar popular) se mostrou esperançosa com a parceria e também tocou no ponto do fast fashion e tudo que vem nesse pacote: “A horrível quantidade de moda rápida produzida que depois vai para aterro é verdadeiramente chocante, tanto dos recursos naturais utilizados como da enorme quantidade desperdiçada. Esperamos ser pioneiros num novo tipo de poliéster a partir de materiais antigos. Estabelecer objetivos climáticos é uma coisa, dar passos significativos rumo a um futuro mais sustentável é o que realmente importa.”

Por aqui, nós não só concordamos com a fala da britânica, como também torcemos pelo sucesso da parceria, que abre caminhos rumo a uma moda mais limpa e consciente.

Foto Destaque: Stella McCartney se une a empresa americana para criar novo tipo de fibra. Reprodução/Vogue

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