Incêndios florestais na terra indígena Yanomami caem em 62%

Thaís Monteiro Por Thaís Monteiro
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De acordo com dados coletados pelo Monitor do Fogo, uma iniciativa do MapBiomas e do Instituto de Pesquisa Ambiental da Amazônia (IPAM) revelou que a área queimada em território indígena Yanomami, em janeiro e fevereiro deste ano, teve queda de 62%, em comparação a esse mesmo período do ano passado.

Os primeiros meses normalmente ocorrem um volume maior de chuva no Brasil, contudo há um lugar onde a a chuva costuma chegar mais tarde, que é em Roraima. Mesmo com essa redução no número de queimadas, o estado permanece como o que mais registrou queimadas na Amazônia durante esse período.

Houve uma redução que foi ainda maior na terra indígena Yanomami. É possível avaliar essa mudança como uma consequência do reaparecimento do Estado na região e de uma governança que foi reinaugurada para o cumprimento da lei”, disse diretora de Ciência do IPAM e coordenadora do MapBiomas Fogo, Ane Alencar, se referindo às operações contra o garimpo ilegal e aos esforços do governo federal para combater a crise humanitária entre os Yanomami no início do ano.


Terra indígena Yanomami atingida por incêndio (Foto: Reprodução/ Galileu)

O relatório feito pelo Monitor do Fogo destacou que a Amazônia foi o bioma mais queimado no Brasil nesse primeiro bimestre do ano. Os estados mais afetados foram Roraima em primeiro lugar, com 259 mil hectares de território queimado. Em segundo lugar, o estado do Mato Grosso apareceu com cerca de 90 mil hectares queimados, e por último o Pará, com mais de 71 mil hectares.

Apesar de tudo, o estado de Roraima teve uma queda de 44% nas queimadas se comparar ao ano passado, na qual o registro foi de 470 mil hectares queimados entre janeiro e fevereiro de 2022.

No total, a área queimada da Amazônia nesses primeiros três meses de 2023 equivale a quatro vezes a cidade Belém, capital do Pará, e representa 90% dos incêndios florestais no país.

 
Foto Destaque: área da Amazônia sendo atingida pelo fogo. Foto: Reprodução/CNN
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