O primeiro-ministro do Japão, Fumio Kishida, foi retirado às pressas de um evento nesta manhã de sábado após ter sido, alegadamente, alvo de uma bomba. Kishida não sofreu nenhum ferimento, de acordo com a emissora NHK.
O jovem de 24 anos Ryuji Kimura, residente da prefeitura de Hyogo, suspeito pelo ataque, foi detido no recinto, tendo utilizado uma bomba de fumaça ou semelhante. As filmagens do local mostram o momento da explosão e uma nuvem de gás branco no local.
Reportagem do Japan Times sobre o incidente, com a gravação do momento do ataque.
O primeiro-ministro estava fazendo um discurso em apoio ao candidato do Partido Liberal Democrata em Wakayama, no oeste do Japão. Ao final deste mês, irão ocorrer as eleições parlamentárias e eleições locais no país.
Apesar da comoção, a emissora NHK afirma que ninguém foi ferido. Em declaração posterior ao ataque, Kishida anunciou que “a polícia está investigando os detalhes do som explosivo no local do discurso anterior. Sinto muito por causar preocupação a muitas pessoas. Estamos em meio a uma eleição importante para o nosso país. Devemos continuar juntos.”
No panorama político, o Japão está se preparando para diversas cúpulas internacionais, sendo que uma delas vai acontecer em maio. O país também lidera o G7, grupo composto por Alemanha, Canadá, Estados Unidos, França, Itália, Japão e Reino Unido.
Em entrevista à NHK, o especialista em antiterrorismo do Conselho de Políticas Públicas, Isao Itabashi, sublinhou que “o fato de um incidente como esse ter acontecido neste momento deve ser levado a sério”. Hirozaku Matsuno, secretário-chefe do gabinete do Japão, não quis assumir o motivo do ataque. “As eleições são o cerne da democracia e nunca devemos tolerar ameaças ou obstrução pela violência, e acredito que [continuar com sua agenda de campanha] foi o julgamento do primeiro-ministro nesse contexto”, afirmou.
O ocorrido tomou lugar menos de um ano após o antigo primeiro-ministro, Shinzo Abe, ter sido assassinado enquanto fazia um discurso para a sua campanha.
Imagem de destaque: Primeiro-ministro do Japão, Fumio Kishida. Reprodução: Eugene Hoshiko/Pool via REUTERS