Chefe de esquema de manipulação, Bruno Lopez, alegou ter contato com oito jogadores do Botafogo, porém nenhum nome específico foi mencionado. Os oitos jogadores foram citados atavés de uma troca de mensagens. Ao contrário de jogadores de outros times da série A, como Vitor Mendes, Nino Paraíba e Paulo Miranda que tiveram seus nomes mencionados.
O Botafogo rejeitou qualquer associação ao esquema e, em comunicado, defendeu seus jogadores, salientando que nenhum nome foi citado e questionando a credibilidade do acusador. O clube ressaltou ainda que a menção ao Botafogo não necessariamente se refere ao time carioca, podendo ser um homônimo. No entanto, é importante destacar que as casas de apostas operam apenas com times da série A, e todos os times homônimos do Botafogo estão em divisões inferiores, a partir da terceira divisão.
<blockquote class=”twitter-tweet”><p lang=”pt” dir=”ltr”>É preciso ter muita responsabilidade com qualquer notícia envolvendo as investigações do MPGO. Pedimos isso a todos os jornalistas e formadores de opinião. No material apresentado como base para o processo não citam nomes de atletas, não se sabe se é o Botafogo ou homônimo de… <a href=”https://t.co/ITnVVvmeqy”>pic.twitter.com/ITnVVvmeqy</a></p>— Botafogo F.R. (@Botafogo) <a href=”https://twitter.com/Botafogo/status/1656356600259678208?ref_src=twsrc%5Etfw”>May 10, 2023</a></blockquote> <script async src=”https://platform.twitter.com/widgets.js” charset=”utf-8″></script>
Comunicado do Botafogo. Reprodução / Twitter / @Botafogo
Até o momento, 16 pessoas foram denunciadas no esquema de manipulação envolvendo as casas de apostas, incluindo sete jogadores. Entre os jogadores envolvidos estão Eduardo Bauermann (Santos), Gabriel Tota (Ypiranga-RS), Victor Ramos (Chapecoense), Igor Cariús (Sport), Paulo Miranda (Náutico), Fernando Neto (São Bernardo) e Matheus Gomes (Sergipe). Além deles, outros quatro jogadores admitiram o envolvimento, fizeram acordo com o Ministério Público e não foram denunciados, são eles: Kevin Lomónaco, do Bragantino, Moraes, do Atlético-GO, Nikolas Farias, do Novo Hamburgo-RS, e Jarro Pedroso, do Inter-SM. No total, mais de 100 jogadores já foram citados nas investigações.
É válido lembrar o caso da máfia do apito, ocorrido em 2005, que abalou o futebol brasileiro. Naquela ocasião, árbitros foram subornados para manipular resultados de partidas e ajudar apostadores. O escândalo trouxe à tona a fragilidade do sistema e a necessidade de medidas rigorosas para evitar a corrupção no esporte. Na época 11 jogos chegaram a ser anulados por conta do escândalo.
As investigações sobre o atual esquema de manipulação de resultados estão em andamento, e espera-se que sejam tomadas medidas enérgicas para punir os responsáveis e preservar a integridade do futebol brasileiro.
Foto Destaque: Print da conversa em que os oito jogadores são citados. Reprodução / Twitter