Fortes chuvas atingiram o norte da Itália nesta semana, causando enchentes e deixando milhares de desabrigados. Até o momento, foram registradas 13 mortes, além de 10 mil pessoas terem sido obrigadas a deixarem suas casas. Essa é a chuva mais forte do país em um século, tendo em 36 horas, um volume de em média seis meses de normal precipitação.
Não a previsão de chuvas fortes nesta quinta-feira (19), mas moradores de áreas de risco, continuam sendo retiradas do local pela defesa civil. Outro método de resgate utilizado, é o fretamento de ônibus para resgatar os moradores das cidades: Villanova di Ravenna, Filetto e Boncalceci, que são banhadas pelo rio Lamone, que possuí previsão de aumento de suas águas.
Em entrevista, o prefeito da região da Emília-Romanha, Stefano Bonaccini, explicou o motivo da precaução em retirar as pessoas de locais de risco: “com seis meses de chuva em 36 horas e precipitações recordes durante duas semanas, nenhum território consegue resistir. (…) o solo não absorve nada.”
Segundo especialistas, fortes temporais como o desta semana, acontecerão cada vez mais. Conforme o ministro da Proteção Civil, Nello Musumeci, o motivo é o processo de tropicalização que se desloca da África para a Itália, e que só aumentará com os passar dos anos. “Nada será como antes”, afirmou Musumeci.
Piores chuvas em um século na Itália, causam enchentes (Reprodução/ANDREAS SOLARO/AFP)
Os danos causados pelas chuvas não foram poucos. Ao todo, foram 14 rios transbordados, diversos deslizamentos de terra, áreas agrícolas totalmente devastadas, pontes caídas, 400 estradas destruídas e diversos vilarejos inundados. Para o concerto, estima-se que o governo terá que dispor de bilhões de euros. A preocupação, é que os cofres do país já tiveram 2 bilhões de euros gastos, com as enchentes do início do mês.
Outra consequência das chuvas, foi o cancelamento do Grande Prêmio de Fórmula 1, que estava previsto para acontecer neste domingo (21), justamente na região atingida, Emília-Romanha.
Foto destaque: chuvas fortes no norte da Itália causam enchentes. Reprodução/Federico Scoppa/AFP