Cinco anos da tragédia: Alan Ruschel relembra acidente após partida contra a Chapecoense

Guilherme Giagio Por Guilherme Giagio
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Na semana em que o acidente aéreo envolvendo a Chapecoense completou cinco anos, quis o destino que Alan Ruschel, um dos seis sobreviventes da tragédia, jogasse justamente contra o ex-clube. O América-MG venceu a Chape por 2 a 1 e seguiu firme na luta pela Libertadores. 

 

Ruschel deixou a Chapecoense após o final da última temporada, quando o clube catarinense se sagrou campeão da Série B e conquistou o acesso. Sendo o único dos sobreviventes que ainda joga profissionalmente, o lateral se emocionou durante a entrevista após o final da partida e dedicou a vitória aos companheiros e colegas mortos no acidente. 

 

“Infelizmente, (o jogo) foi contra a Chapecoense, quis a vida que fosse assim, mas eu dedico essa vitória ao grupo e a essas pessoas que nos deixaram há cinco anos”

 

Alan Ruschel também aproveitou para agradecer ao América e o carinho dos atuais companheiros:

 

“Ontem foi um dia diferente, difícil e pesado para mim. Sou um cara alegre, para cima, e acho que eles (jogadores do América) sentiram isso e me deram força. Senti que aqui é um clube diferente, família, e me sinto privilegiado de fazer parte. Só tenho que agradecer a Deus por me dar dádiva de viver mais uma vez – declarou Alan. 

 

Relembre a tragédia



Trajetória do avião logo antes do acidente. ( Foto: Reprodução/Folha de São Paulo) 


 

Entre os dias 28 e 29 de novembro de 2016, a delegação da Chapecoense viajava  para disputar a final da Copa Sul-americana, contra o Atlético Nacional. Tendo partido de Santa Cruz de La Sierra, na Bolívia, e com destino final em Medellín, na Colômbia.

 

O avião da LaMia caiu na cidade colombiana de Rionegro e levou 71 pessoas à morte, entre atletas, funcionários, tripulantes e jornalistas, em maioria, brasileiros. Além de Alan Ruschel, mais cinco sobreviveram ao acidente aéreo, sendo mais dois atletas, dois tripulantes e um jornalista.

 

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Rafael Henzel, o jornalista sobrevivente, foi vítima de um infarto e faleceu enquanto jogava futebol com amigos, em 2019.O goleiro Jackson Follmann teve a perna amputada na tragédia e precisou se aposentar do futebol imediatamente após a tragédia.

 

Convivendo com dores na coluna causadas pelo acidente, o zagueiro Neto ainda jogou profissionalmente por mais três anos, até anunciar a aposentadoria, em dezembro de 2019. Ximena Suárez e Erwin Tumiri foram os dois tripulantes sobreviventes e seguiram diferentes caminhos: Ximena até tentou voltar aos voos mas não superou totalmente o trauma, enquanto Erwin passou a atuar como piloto. 

 

Foto destaque: Alan Ruschel, sobrevivente do acidente aéreo e Juninho se abraçam após vitória do América-MG sobre a Chapecoense. (Reprodução/Premiere)

 

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