Entrou em vigor nesta madrugada, o aumento de R$ 0,41 no preço do litro da gasolina e de R$ 0,78 no valor do diesel nas distribuidoras. O reajuste, foi anunciado pela Petrobras na terça-feira. Com o aumento, o preço médio do litro da gasolina fica em R$ 2,93- uma elevação de 16,3%. Para o diesel, esse alta é de aproximadamente 26%, e o preço médio do litro salta para R$ 3,80. O impacto previsto é 0,5% no IPCA (Índice Nacional de Preço ao Consumidor).
O presidente da empresa, Jean Paul Prates defende que a política de preços tem se mostrado eficiente e que já ajudou a combater muito a volatilidade do brent e do diesel, que tem girado em torno de 2% a 3%. No entanto, em entrevista ao J10, programa da GloboNews, Prates explicou que o anuncio do aumento de preços foi necessário por questões que estão além da volatilidade. “Nós chegamos a um patamar diferente e tivemos que fazer um ajuste para chegar num valor marginal de novo, aquele que a gente não sai da mesa porque não vende. Então, a gente fez um ajuste justo”, afirmou.
Jean Paul Prates ( Foto: Reprodução/ Metrópoles)
Governo não intervem na decisão
Ele completou dizendo que o governo não fez nenhum tipo de intervenção.”Em momento algum o presidente Lula nos instou, influenciou ou sugeriu fazer qualquer movimentação de preço. Para cima, para baixo, para manter, para dar mais tempo, para dar menos tempo. O mandato é da presidência da Petrobras“, disse Prates. Essa não intervenção está relacionada ao fato de que o governo não irá mais fazer o acompanhamento de preço internacional, o que gera incertezas no modelo adotado na correção de preços, uma vez que segundo especialistas, o ideal seria não acumular os aumentos.
O posicionamento de parte do setor político
Críticas na ala política apontam que o governo anterior criou preços muito artificiais, suspendendo a cobrança de impostos e gerando perda de recursos federais. Até semana passada, um dos diretores da Petrobras afirmava que não haveria aumento nos preços, o que não convenceu o mercado, que já entendia que isso deveria acontecer em algum momento, uma vez que é necessário haver uma correção, ao invés de acumular a distorção de preços fabricados por razões políticas que visam agradar o consumidor.
Foto destaque: Jean Paul Prates (Foto: Lula Marques/ Agência Brasil)