Preço do GNV sofrerá aumento a partir de janeiro de 2022

David Oliveira Por David Oliveira
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O Gás Natural Veicular (GNV), opção mais vantajosa para os motoristas ao encher o tanque, comparado ao etanol e gasolina, terá seu preço alterado a partir de janeiro de 2022. A previsão é de aumento, com expectativa de no máximo R$ 1 por metro cúbico para o consumidor. A alteração está vinculada ao novo acordo da Petrobras, que estipulou aumento de 50% nos contratos de longo prazo, com vigência de quatro anos, segundo a Associação Brasileira das Empresas Distribuidoras de Gás Canalizado (Abegás).

O aumento ocorre depois de uma forte alta no preço do gás canalizado e do GNV este ano devido aos reajustes trimestrais praticados pela Petrobras em seus contratos de curto prazo. Até o mês de novembro, o gás veicular subiu 37,78%, e o gás canalizado residencial subiu 20,59%, bem acima da inflação média deste ano, que foi de 9,26% no período.

Com esse cenário, a Abegás, juntamente com as distribuidoras do país, ingressou no Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) com um pedido de medida cautelar para manutenção do contrato de fornecimento nos moldes apresentados atualmente, até que sejam definidas pela Agência Nacional do Petróleo (ANP) questões de infraestrutura que possibilitem a oferta do produto às distribuidoras.


A Petrobras estipulou este reajuste de 50% a vigorar a partir de 1º de janeiro de 2022. (Foto:Divulgação/Petrobras)


O principal objetivo e motivo pelo requerimento no Cade, é demonstrar a falta de opção para a aquisição de gás, alegando abuso de poder econômico e prática lesiva à livre concorrência por parte da Petrobras.

E as distribuidoras também fizeram esse movimento para relatar a falta de capacidade de contratação, já que não se consegue adquirir gás na quantidade suficiente para atender o mercado se não for com a Petrobras. Por essa razão, a Abegás está pleiteando a alteração das condições dos contratos atuais até que as condições de acesso às infraestruturas essenciais sejam de fato estabelecidas e seja possível adquirir um gás competitivo de fontes concorrenciais.

 

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Ainda segundo a Abegás, um reajuste de 100% foi proposto pela Petrobras, mas não houve avanço, tendo esse percentual reduzido e estabelecido para 50%.

Foto Destaque: Reprodução/Valterci Santos

 

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