No último dia 20 de agosto, o rio Sutlej, localizado em Ganda Singh Wala (Punjab), atingiu a sua capacidade máxima e transbordou, o que levou o Governo Indiano a evacuar mais de 250.000 pessoas que foram atingidas pelo fluxo de água para lugares protegidos.
Socorro das vítimas
De acordo com a Comissão Federal de Inundações (FFC) e a Autoridade Nacional de Gestão de Desastres (NDMA), cerca de 1400 agentes foram mobilizados para o resgate com 372 embarcações. O rio Sutlej fica na província de Punjab, estado indiano que faz fronteira com o Paquistão e atingiu seu limite sem precedentes, o que causou as inundações nas regiões próximas às suas margens. A área mais afetada foi Tibbi Lal Beg, onde o nível da água continua subindo.
Vilarejo destruído pela enchente. (Foto: reprodução/ Arif ALI/ AFP)
Centenas de aldeias e milhares de hectares de terra na província central foram afetados pelo montante de água. As barragens que deveriam proteger as moradias não conseguiram aguentar o volume da cheia, o que afetou o acesso por estradas. Por isso, as operações de busca e socorro de pessoas e animais estão sendo realizadas por meio de barcos.
Lançamento de água excedente
Vista aérea de uma das vilas devastadas. (Foto: reprodução/Arif ALI/AFP)
Após a chuva que provocou as inundações, a Índia despejou por volta de 85 mil metros cúbicos de água excedentes dos seus reservatórios no rio, o que contribuiu para as enchentes, afirmou o chefe do governo de Punjab, Mohsin Naqvi. A Índia pratica tal ação nos rios que acabam em seu país vizinho, normalmente com aviso prévio. Porém, segundo o Paquistão, a prática é um problema recorrente.
O período de monções, que geralmente dura entre junho e setembro, é muito importante para a irrigação das plantações e para reposição dos recursos hídricos da parte sul do continente, colaborando com até 80% da precipitação no ano. Porém, as chuvas torrenciais também provocam tragédias e destruições anualmente.
Foto destaque: Vila devastada no distrito de Okara, na província de Punjab. Reprodução/Arif ALI/AFP