Questões com a China fazem Apple perder US$ 200 bi em valor de mercado

Nicolas Garrido Por Nicolas Garrido
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Na última quinta-feira (7), a Apple registrou a maior baixa em mais de um mês na Bolsa de Valores de Nova York. As ações tiveram declínio de 2,9%, que corresponde a uma parcela de US$200 bilhões do seu antigo valor de mercado.

A queda se deu em função da publicação do jornal americano The Wall Street Journal que relata que a China estaria considerando a proibição dos produtos da empresa americana para funcionários do governo chinês, país que mais consome seus produtos fora do mercado nacional e que representou 20% do total de vendas da Apple no ano passado.

Os motivos e efeitos da queda

A perda Apple ocorre um dia depois de uma derrocada de 3,6% na quarta-feira, que somadas dão um percentual de 6,9% desde terça-feira. Com isso, a Apple têm sua maior queda em capitalização de mercado desde novembro de 2022 e preocupa os acionistas da empresa do Vale do Silício e do setor de tecnologia, que também sofreu danos com a notícia. De acordo com o índice da Nasdaq 100, que lista as empresas de alta tecnologia, indicou queda de 1% na quinta-feira.  


Apple tem maior recuo na Bolsa de Valores de Nova York em mais de um mês ao perder US$200 milhões em valor de mercado (Foto: Reprodução/Lucas Jackson/Reuters)


O consumo de produtos da Apple não foi proibida apenas para funcionários do governo, mas também de grandes empresas estatais, como a empresa PetroChina, uma das empresas mais importantes e que mais geram empregos da economia chinesa.

No entanto, o consumo não ficou restrito à população não filiada ao governo, porém, o contexto de crise imobiliária na China, que está restringindo o poder de compra chinês, somado à notícia do lançamento do novo smartphone de última geração da empresa chinesa Huawei Technologies Co., podem indicar mudanças consideráveis no mercado para a americana.

Apple x mercado chinês

Historicamente, a China dava segurança à Apple em quesitos mercadológicos. Além de ser o maior consumidor internacional, o país é o maior fabricante dos produtos da americana no mundo todo, e não costumava impôr restrições governamentais nas atividades da Apple.

Em função disso, os analistas se atentam ao atual momento, pois o rumor que pode potencialmente desencadear uma medida protecionista do governo chinês, pode comprometer um elo importante não apenas da Apple, mas do setor tecnológico, da Bolsa de Valores de Nova York, e da economia norte-americana.  

 

Foto destaque: Apple tem maior queda em dois dias desde novembro do ano passado na Bolsa de Valores de Nova York. Reprodução/Mike Segar/ Reuters

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