Uma quadrilha especializada em crimes digitais está deixando as autoridades e as vítimas perplexas ao adotar uma tática ousada de roubo de dinheiro através do Pix, o sistema de pagamentos instantâneos brasileiro. O grupo utiliza programas espiões para invadir celulares, operando remotamente por meio de links e arquivos maliciosos. O modo de operação da quadrilha é preocupante em sua sofisticação.
Eles preferem pequenas transferências frequentes, evitando levantar suspeitas, mas também não hesitam em realizar desvios substanciais, muitas vezes na casa dos milhares de reais. Esta abordagem variável dificulta a identificação dos golpistas e rastrear seus movimentos.
Quadrilha tira vantagem do Pix para lesar vítimas (Foto: reprodução/Consultoria Argos)
O roubo é facilitado por funcionários
Para agravar ainda mais a situação, a quadrilha coopta funcionários terceirizados de empresas de telefonia. Isso permite que eles configurem um novo chip com base nos dados do aparelho invadido, o que resulta na perda de sinal de telefone no celular da vítima. Surpreendentemente, as vítimas raramente desconfiam que estão sendo alvo de um golpe, pois o serviço de telefonia aparentemente falha de forma aleatória.
O dinheiro desviado é transferido a partir de um telefone celular separado, tornando o rastreamento ainda mais difícil e levantando menos suspeitas. A quadrilha demonstrou um alto grau de organização e conhecimento técnico para operar com sucesso esse tipo de fraude.
Polícia adverte segurança
As investigações estão em andamento para rastrear e desmantelar a quadrilha, que representa uma ameaça crescente para a segurança financeira das pessoas. As autoridades alertam o público a tomar medidas adicionais de precaução ao abrir links ou arquivos desconhecidos e a manter seus dispositivos e aplicativos atualizados para evitar serem vítimas desse golpe cada vez mais elaborado.
É fundamental que todos estejam cientes desse golpe e reportem qualquer atividade suspeita às autoridades, a fim de ajudar na captura dos criminosos e prevenir futuras vítimas.
Foto destaque: Quadrilha remota de roubo de dinheiro desafia investigadores. Reprodução/Bora Investir- B3
