Defesa de Bolsonaro refuta acusações de participação em plano de golpe

Por Laura Azevedo Borin
3 min de leitura

No dia de quinta-feira (21), os advogados encarregados da defesa do ex-presidente Jair Bolsonaro, que atualmente representa o Partido Liberal (PL), fizeram a publicação de um comunicado oficial, com a finalidade de elucidar, desmistificar e contestar as afirmações que indicavam a sua suposta participação em um elaborado esquema com o propósito de permanecer no poder.

No comunicado à imprensa, os advogados Paulo Amador da Cunha Bueno, Daniel Bettamio Tesser e Fábio Wajngarten enfatizaram que Bolsonaro jamais compactuou com qualquer movimento ilegal durante seu governo. Eles destacaram que, ao longo de seu mandato, o ex-presidente sempre atuou dentro dos limites estabelecidos pela Constituição Federal, garantindo assim o respeito ao Estado Democrático de Direito.


Registro do desfile cívico-militar do 7 de Setembro de 2022.  (Foto: Reprodução/Agência Brasil/Marcelo Camargo)


Delação em segredo de justiça

As alegações que estão relacionadas ao presidente Bolsonaro vieram à tona através da delação premiada do tenente-coronel Mauro Cid à Polícia Federal. Os representantes legais do presidente enfatizaram que, até o momento, não puderam examinar integralmente o teor dessa colaboração devido à sua classificação como segredo de Justiça. Consequentemente, eles se comprometeram a tomar as medidas judiciais apropriadas contra qualquer forma de difamação que, eventualmente, ultrapasse o âmbito das informações contidas na delação.

Contexto das Alegações

Segundo relatos da mídia, o ex-presidente Jair Bolsonaro teria participado de uma reunião após as eleições do ano passado, na qual teria discutido a possibilidade de um golpe de Estado. De acordo com o alegado, durante o encontro, foram debatidas estratégias para contestar os resultados eleitorais, alegando fraude, e para mobilizar o apoio das Forças Armadas, visando manter Bolsonaro no poder. O plano envolveria a anulação dos resultados eleitorais, a dissolução do Congresso e do Supremo Tribunal Federal, e a disseminação de desinformação para criar instabilidade política.

Essas alegações são controversas e estão sob investigação. Até o momento, não foram apresentadas provas concretas que as sustentem, e Bolsonaro nega qualquer envolvimento em planos de golpe.

Foto destaque: Ex-presidente Jair Bolsonaro. Reprodução/Agência Brasil/Tânia Regolfei

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