No ano de 2020, o então ministro do meio ambiente do Brasil, Ricardo Salles, em um documento, previu que o país iria reduzir as emissões de gases do efeito estufa em 50%, um número que parecia ser superior aos 43% que o governo havia se comprometido em alcançar no acordo de Paris em 2015. No entanto, na verdade, a meta era menor, uma vez que a base de comparação, que é a quantidade de gases emitidos em 2005, foi alterada para cima.
Este erro estatístico está sendo corrigido agora pelo governo do atual presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que fez do meio ambiente, principalmente o cuidado com a Floresta Amazônica, um dos pontos principais de sua campanha.
Nova meta
O governo, que agora tem como ministra do Meio Ambiente Marina Silva, assumiu um novo compromisso muito mais ambicioso. O país anunciou que até 2030 deseja reduzir as emissões de gases do efeito estufa em 53% em relação aos níveis de 2005, a base de cálculo utilizada. Essa meta é maior do que a dos Estados Unidos, que tem como objetivo uma redução de 52%.
O presidente Lula se encontrou com Joe Biden, atual presidente dos Estados Unidos, na tarde desta quarta-feira (20), e o meio ambiente foi um dos temas discutidos. O presidente americano, em seus discursos na Organização das Nações Unidas (ONU), abordou questões ambientais, incluindo as ondas de calor na China e nos Estados Unidos.
Ministros Fernando Haddad e Marina Silva, estão em discussão com John Kerry, climático dos Estados Unidos. (Foto:Reprodução/instagram/@marinasilvaoficial.)
Metas ambientais
Não é apenas a emissão de gases de efeito estufa que preocupa o Brasil. O país possui uma série de compromissos ambientais que precisa cumprir, incluindo a redução do desmatamento na Floresta Amazônica. O presidente Lula, em uma de suas transmissões semanais, destacou a responsabilidade dos países ricos na poluição global e no desmatamento de suas próprias florestas ao longo da história. Ele enfatizou a importância de os países ricos contribuírem financeiramente para o desenvolvimento de outras nações, sem considerar essa assistência como ajuda, mas sim como um pagamento de uma dívida com a humanidade.
Há preocupações sobre a promessa feita pelo governo dos Estados Unidos de fornecer meio bilhão de dólares para auxiliar no reflorestamento e combate ao desmatamento no Brasil. Até o momento, esse dinheiro não foi enviado.
Além disso, o fundo de cem bilhões de dólares destinado pelos países ricos para o Fundo Amazônia também está em questão, que está sendo tratada pelos ministros Fernando Haddad e Marina Silva. O Brasil espera que esses compromissos financeiros sejam cumpridos para ajudar na preservação da Floresta Amazônica e no combate às mudanças climáticas.
Foto destaque: reunião entre o Presidente Lula e o Primeiro Ministro da Noruega, Jonas Gahr Støre, e seu Ministro do Clima e Meio Ambiente, Espen Barth Eide. Reprodução/instagram/@marinasilvaoficial.