Em 1º de novembro, foi divulgada a primeira lista de estrangeiros autorizados a sair da Faixa de Gaza, e ela continha apenas cidadãos de países alinhados a Israel, com notáveis exceções. Os Estados Unidos, principal aliado israelense, não estavam na lista inicial, o que gerou questionamentos sobre o processo de autorização.
Esperança para brasileiros na Faixa de Gaza
Diplomatas brasileiros informaram que uma nova lista pode ser divulgada nos próximos dois dias, trazendo esperança para mais de 30 brasileiros que desejam deixar a Faixa de Gaza. O embaixador do Brasil no Egito, Paulino de Carvalho Neto, expressou otimismo sobre a autorização para que os brasileiros atravessem a fronteira para o Egito até sexta-feira.
Fontes diplomáticas sugerem que a primeira lista reflete a prioridade de Israel neste momento: resgatar os cidadãos de seus aliados no conflito com o Hamas. Além do Brasil, a América Latina e a África não tiveram representantes na lista inicial, destacando a seleção de países.
Apenas a Jordânia, entre os países árabes, conseguiu obter autorizações para seus cidadãos.
Perspectivas para os Estados Unidos
É esperado que os Estados Unidos sejam incluídos na próxima rodada de autorizações, com o Brasil intensificando negociações com Israel e o Egito.
A primeira lista incluiu nacionais da Austrália, Áustria, Bulgária, Finlândia, Indonésia, Jordânia, Japão e República Tcheca, bem como funcionários da Cruz Vermelha e ONGs.
Apoio diplomático aos brasileiros
Diplomatas brasileiros forneceram apoio total ao grupo de brasileiros na Faixa de Gaza, incluindo alojamento no Sul de Gaza, a área menos afetada pelo conflito até o momento, além de alimentos, água e medicamentos enquanto aguardam autorização para deixar o Oriente Médio.
A Embaixada do Brasil na Palestina está monitorando de perto a situação de 34 pessoas que solicitaram assistência para deixar a Faixa de Gaza, compreendendo 24 brasileiros e 10 palestinos que estão em processo de imigração para o Brasil ou planejam fazê-lo.
Foto destaque: Apenas países aliados à Israel conseguiram resgatar os próprios cidadãos. (Reprodução/Jovem Pan)