O ácido azelaico, também chamado de ácido dicarboxílico, vem sendo sucesso como uma ótima substância para produtos de skincare, sendo um dos poucos ácidos liberados durante a gravidez, e indicado para qualquer idade e tipo de pele! Conheça mais sobre esse derivado natural do centeio e da cevada que promete trazer diversos benefícios para a sua pele.
Pra quê serve?
A médica Anita Sturnham, fundadora da marca de skincare Decree diz que o ácido azelaico é um dos seus ingredientes favoritos para a pele. “Ele é mais conhecido por suas propriedades anti-inflamatórias e antimicrobianas, o que significa que ajuda a prevenir a obstrução dos poros e a formação de comedões, a lesão inicial da acne.”, complementa a doutora.
Produtos de skincare da Decree, marca fundada pela médica Anita Sturnham (Foto: reprodução/@decreeskincare/Instagram)
O ácido se mostra um ingrediente versátil, atuando não apenas como anti inflamatório, mas também como calmante e esfoliante, reduzindo a vermelhidão e consequentemente diminuindo a oleosidade natural da pele. A especialista em skincare, Nilam Holmes, também acrescenta dizendo que o componente em questão ajuda a diminuir a hiperpigmentação na derme, ajudando no processo de uniformização do tom, e até mesmo inibindo a enzima tirosinase, que é a responsável pelas manchas escuras que se formam na pele.
Qual a frequência de uso?
O ácido azelaico é um ativo que pode ser facilmente integrado à sua rotina diária de cuidados com a pele. No entanto, é importante lembrar que as pessoas com pele sensível devem adotar uma abordagem gradual ao utilizá-lo, começando com aplicações em dias alternados até que a pele desenvolva tolerância para o uso diário.
Caso você esteja utilizando um ácido azelaico prescrito em uma concentração mais elevada, combinar seu uso com um hidratante contendo esqualano pode ser uma estratégia eficaz para minimizar a sensibilidade da pele facial, como recomendado por especialistas, incluindo Sturnham.
Moça utilizando o serum da marca Decree, fundada pela médica Anita Sturnham (Foto: reprodução/@decreeskincare/Instagram)
É fundamental destacar que, em qualquer situação de dúvida, é altamente recomendável consultar um profissional especializado em cuidados com a pele. Como a esteticista renomada Teresa Tarmey enfatiza: “É absolutamente essencial buscar orientação profissional antes de introduzir um novo ingrediente em sua rotina, a fim de garantir que você esteja usando o composto apropriado da maneira correta”. Além disso, é crucial evitar o uso excessivo do ácido azelaico, a fim de prevenir possíveis irritações cutâneas. O equilíbrio é essencial para obter os benefícios deste ingrediente sem comprometer a saúde e a vitalidade da sua pele.
O que não pode misturar de jeito nenhum?
Em geral, o ácido azelaico é um aliado excepcional que se harmoniza bem com a maioria dos outros ingredientes de cuidados com a pele. No entanto, para pessoas com pele sensível ou aquelas que utilizam produtos com prescrição médica e desejam adotar uma abordagem extremamente cautelosa, é aconselhável separá-lo de outros ativos, como peróxido de benzoíla, antibióticos tópicos ou retinóides, incorporando-os em sua rotina noturna de cuidados com a pele.
É importante destacar que, ao utilizar ácido azelaico, é aconselhável evitar o uso de escovas de esfoliação facial e outros esfoliantes físicos, uma vez que o próprio ácido azelaico já possui propriedades esfoliantes. Essa precaução ajuda a evitar uma esfoliação excessiva que poderia levar a irritações ou sensibilidade na pele.
Ácido Azelaico ou Retinol?
Existem diversas semelhanças notáveis entre o ácido azelaico e o retinol. Conforme ressalta o esteticista Keren Bartov, “Ambos são capazes de estimular a renovação celular e a produção de colágeno”. Além disso, ambos demonstram eficácia no tratamento de problemas dermatológicos, como hiperpigmentação, melasma e acne.
No entanto, é importante notar as distinções significativas entre esses dois ativos. O ácido azelaico, por exemplo, se destaca no tratamento de inflamações e infecções bacterianas, tornando-o uma escolha ideal para pessoas com tendência a erupções cutâneas e aquelas que enfrentam o desafio da rosácea. Por outro lado, o retinol é reconhecido por sua capacidade de reverter os danos causados pela exposição solar, bem como por sua habilidade em reduzir o aparecimento de linhas finas e rugas.
A estratégia mais vantajosa é a integração desses dois ativos de forma complementar. Como observa Bartov, “Juntos, eles formam uma poderosa combinação”. Vale ressaltar que o ácido azelaico é uma opção segura durante a gravidez e é adequado para peles sensíveis, conferindo versatilidade à sua utilização.
E como passar no rosto?
Após realizar a limpeza da pele, proceda à aplicação do ácido azelaico, cobrindo uniformemente o rosto e o pescoço. No entanto, é essencial exercer cuidado ao aplicar produtos com maior concentração na área dos olhos. Finalize sua rotina de cuidados aplicando o hidratante de sua preferência.
Foto Destaque: três mulheres fazendo skincare com máscaras faciais. Reprodução/@kaialaproducts/Instagram