Entenda a estratégia do Skin Tightening, que promete firmeza à pele

Heloisa Santos Por Heloisa Santos
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Pele, gordura e músculo estão em camadas diferentes do plano anatômico da face, mas acredite: eles precisam estar bem juntinhos.

A pele geralmente está sobreposta ao músculo e acompanha a tonicidade dele, mas ela fica mais fina na medida em que perde as fibras de sustentação – as fibras colágenas. E entre essas camadas, está a gordura. Com o envelhecimento, temos reabsorção de gordura, o que dá uma aparência flácida à pele, pelo descolamento das camadas”, explica o dermatologista Dr. Abdo Salomão Jr., membro da Sociedade Brasileira de Dermatologia.

Para solucionar esses problemas, os tratamentos que promovem skin tightening são bem-vindos. Nesse processo, há um estímulo de para a criação de fibras de sustentação e o calor das tecnologias ajuda a ‘colar’ as camadas. São procedimentos que realmente promovem esse ‘aperto’”, diz o médico.

Fatores que levam à flacidez

Segundo o médico, a flacidez é a falta de tonicidade da pele gerada pelo envelhecimento natural, por fatores genéticos (pele mais clara, ser mais magra), ambientais (sol, efeito sanfona, distensão da pele pelo efeito sanfona ou gestação) e de maus hábitos, como falta de exercícios físicos ou cigarro. 

O especialista explica que nem todo tratamento de estímulo de colágeno gera skin tightening. “Em alguns casos, devemos utilizar mais de uma estratégia para atuar em várias camadas. Por isso, o dermatologista sempre deve ser consultado para avaliar onde ele deverá atuar para deixar a pele mais firme”, diz o médico.

Técnicas associadas ao skin tightening

A grande novidade para o tratamento skin tightening é o Megaderme Duo, uma radiofrequência microagulhada. “O equipamento conta com uma inovadora ponteira MultiLayer, cujas microagulhas banhadas a ouro são capazes de penetrar profundamente na pele e alcançar a gordura, gerando energia de radiofrequência para, em um único disparo, provocar coágulos em todas as camadas”, diz o médico. 

Outro clássico é o ultrassom ultrafocado, uma das tecnologias mais completas para agir em diferentes camadas da pele, segundo o médico. “O ultrassom de quarta geração Atria atua no SMAS, na gordura e na camada mais superficial. Ele promove pontos de coagulação para aumentar a formação de novo colágeno. Ao ser usado em maior profundidade, na musculatura, o calor gerado no plano muscular causa uma retração no tecido, promovendo um efeito lifting na pele”, explica o dermatologista Dr. Abdo Salomão. 

Os lasers também podem ajudar tanto no efeito de neocolagênese (formação de novo colágeno) como na volumização. “O tratamento Pro Collagen faz uma ‘ablação’, ou seja, ele queima os tecidos. O organismo entende que aquele tecido não serve mais, então ele será eliminado, ocorrendo ao mesmo tempo o estímulo para um novo colágeno”, diz o médico. 

DR. ABDO SALOMÃO JR: Doutor em Dermatologia pela USP (Universidade de São Paulo) e sócio Efetivo da Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD).

Foto destaque: demonstração das camadas e elasticidade da pele. Foto/Reprodução

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