Se você percebeu que seus fios estão opacos, elásticos e quebradiços, é preciso ter cuidado, porque um corte químico pode estar prestes a acontecer. O corte químico geralmente ocorre quando há um terrível rompimento da fibra capilar, ou quando as cutículas e hastes ficam danificadas, normalmente, após a coloração ou alisamentos.
“Pode acontecer incompatibilidade química entre dois componentes. Por exemplo, a pessoa pode realizar as primeiras luzes da vida e em seguida fazer um alisamento inadequado. Se houver incompatibilidade entre esses elementos, a fibra capilar pode ser rompida”, explica a hair stylist Paloma Performance.
Um dos motivos pelo qual o corte químico é causado é por conta da coloração mal feita, sem os devidos cuidados, “Realizar mechas em cabelos pintados de preto, por exemplo, não é um problema, desde que a cliente saiba que não atingirá tons claros. O problema acontece quando o profissional insiste em deixar o produto por tempo inadequado para forçar este clareamento, em tons altos. Nesse caso, pode acontecer a quebra”, diz Paloma.
Outra questão é o manuseio de elementos que não combinam entre si. “Não se deve misturar relaxamento a base de dióxido de sódio e depois aplicar um produto com amônia, por exemplo. E algumas pessoas realizam alisamento com produtos à base de chumbo, este é incompatível com tudo”, conta a hair stylist.
A denominada dobra química, é mais severa ainda por conta que a quebra ocorre próxima à raiz capilar, por esse motivo a quantidade de cabelo perdida é gigantesca. “Se a química é aplicada muito próxima à raiz, quando o fio começar a crescer, o cabelo terá duas texturas que seguirão em direções diferentes, formando uma dobra em formato de ‘V’”, informa Paloma. Analisando na prática, o fio irá se partir exatamente na dobra, quando crescer aproximadamente 0,5cm. É recomendado que a aplicação seja feita, pelo menos 1cm distante da raiz do cabelo, para assim, evitar que o pior aconteça.
Modelo com cabelo danificado.(Foto: Reprodução/OPetróleo)
Para evitar o pior, a especialista sugere que é melhor fazer o teste de mecha. “Não existe uma regra certa, cada cabelo tem uma fragilidade única e o profissional deve avaliar a saúde dos fios antes de aplicar qualquer química. Para isso, é preciso fazer o teste da mecha aplicando o produto e dando o tempo de ação para verificar a reação. Se a mecha testada apresentar algum efeito indesejado, o melhor é não realizar o procedimento”, indica.
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Agora, caso você já tenha realizado o procedimento e esteja percebendo o cabelo poroso, quebra com facilidade, é importante iniciar um tratamento intensivo para cuidar dos fios. “Tenha uma rotina de cronograma, realizando semanalmente reconstrução para promover força e umectação para nutrir os fios danificados”, encoraja Paloma. Entrar em contato com um profissional que seja de sua confiança para pedir dicas de cuidados também é recomendado .
Foto destaque: modelo com cabelo danificado. Reprodução/Todecacho