Mercado da ‘beleza limpa’ enfrenta problemas de identidade

Thais Cordeiro Por Thais Cordeiro
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O conceito conhecido como beleza limpa, visa a produção e comercialização de produtos de maquiagem e de cuidados com a pele livres de ingredientes artificiais que possam ser prejudiciais a saúde e é a nova tendência no mundo dos produtos vendidos como sustentáveis, ambientalmente conscientes ou simplesmente mais seguros.

A demanda desses produtos disparou no último ano e segundo um relatório lançado em julho de 2021 pelo NPD Group, 68% dos consumidores disseram procurar marcas de cosméticos e de cuidados para a pele que destaque ingredientes “limpos” em sua formulação.

“Os consumidores estão mais informados do que nunca sobre o que estão colocando em seus corpos e na pele, e há um desejo de tomar decisões saudáveis e ecologicamente corretas”, disse o dermatologista de Nova York Joshua Zeichner.

Embora o termo seja associado a ingredientes de origem natural, não existe uma definição que especifique um produto de “beleza limpa”. A FDA (Agência federal do Departamento de Saúde e Serviços Humanos dos Estados Unidos) garante a regulamentação dos cosméticos, o que evita que eles sejam adulterados, mas não é obrigada a aprovar grande parte desses produtos antes que cheguem às prateleiras. Em alguns casos, os fornecedores se concentram em formulações e embalagens ecológicas para determinar um produto como limpo, de acordo com a NielsenIQ


(Foto:Reprodução/ Pixabay)


No primeiro semestre do ano, as vendas de produtos considerados “limpos” cresceram cerca de 33%, em lojas de departamentos e lojas especializadas em produtos de beleza. Um aumento deUS$ 1,6 bilhão, em comparação com o mesmo período do ano passado, de acordo com a NPD. Uma prova de que apesar da definição difusa, grandes empresas embarcaram no segmento.

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Sephora e Ulta Beauty, são duas grandes varejista que adotaram o termo “limpo” em todos os seus produtos, desde limpadores de rosto para sombra se eles omitirem ingredientes conhecidos ou suspeitos de causar danos aos seres humanos ou ao meio ambiente, disseram as empresas. Cosméticos com formulação vegana ou que não envolvam testes em animais e embalagens ecológicas, também podem ser incluídas na definição de acordo com a diretora de merchandising da Ulta, Monica Arnaudo.

O dermatologista Zeichner esclarece que os consumidores devem saber que um produto natural nem sempre significa que ele seja melhor ou mais seguro para a saúde. Formulações a base de oléos essenciais, por exemplo, podem causar reações alérgicas a pessoas com pele sensível. Além disso, a maioria dos cosméticos levam conservantes na sua produção para prolongar a durabilidade e evitar a contaminação microbiana. Processo que dificulta a obtenção de produtos sem ingredientes artificiais.

 

Foto destaque: Maquiagem. Reprodução/ Pixabay

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