O Brasil continua ocupando posição de destaque na realização de cirurgias plásticas. O país é o segundo no ranking mundial. Está atrás, apenas, dos Estados Unidos. Segundo a Sociedade Internacional de Cirurgia Plástica Estética (Isaps).
De acordo com a pesquisa, o implante de próteses de silicone é o segundo procedimento mais realizado, surgindo em seguida da lipoaspiração, que ocupa o primeiro lugar.
Mas apesar de popular, uma nova tendência surgiu entre as mulheres que já possuem próteses, a diminuição delas. A socialite Kim Kardashian, Anitta, Gkay, Bárbara Rossi e Pamela Anderson são algumas das famosas que trocaram os tamanhos por proporções menores.
Segundo a neuropsicóloga Rachel Campos,esses padrões estéticos estão sempre relacionados ao conceito de beleza na construção da autoestima, podendo gerar o transtorno dismórfico corporal.
“A saúde mental das mulheres sofre pela eterna busca do corpo perfeito, o papel do psicólogo é observar se há uma preocupação excessiva e desenfreada por um objeto de desejo imposto e idealizado pelo modismo do momento.
Fiquemos atentas à não nos tornarmos escravas da beleza, perdendo o prazer de viver e a satisfação consigo própria. Vamos nos aceitar e valorizar nosso corpo o que nos deixa única e com nossa essência particular.
O corpo é uma parte de nós, mas somos também escolhas, valores e atitudes”, orienta a especialista.
O cirurgião plástico Ricardo Cavalcanti, que também é chefe da divisão de cirurgia plástica da UNIRIO acredita que a decisão de retirar o silicone por causa de novos padrões de beleza, como mulheres com seios naturais, é uma escolha pessoal.
“A tendência de padrões de beleza pode influenciar as preferências individuais, mas a decisão de remover os implantes deve ser baseada nas necessidades e desejos de cada pessoa. Algumas mulheres podem optar por remover os implantes para atingir uma aparência mais natural, enquanto outras podem preferir mantê-los. É importante lembrar que cada pessoa tem sua própria definição de beleza e que não existe uma resposta certa ou errada nessa questão”,explicou Ricardo Cavalcanti.
Segundo o cirurgião plástico Dr. Regis Milani a prótese pode ser trocada ou retirada por fins estéticos. Por exemplo:
– Próteses mal posicionadas, muito mediatizadas ou muito lateralizadas.
– Quando a mulher não se identifica mais com o volume dos implantes, que podem parecer muito pequenos ou muito grandes para o novo momento da paciente.
– Em casos de flacidez das mamas, que são comuns quando a mulher sofre o efeito sanfona ou depois da gestação ou amamentação.
“Pode ser indicado uma cirurgia chamada mastopexia ou lifting das mamas. E nesse momento acaba sendo indicado a troca dos implantes”- comentou Regis Milani.
É essencial lembrar que cada cirurgia plástica é realizada de forma individualizada e que a paciente só deve fazê-la se realmente sentir vontade, e não por pressão externa. Além disso, é importante conversar com o médico especialista e esclarecer as dúvidas comuns desse processo, e criar expectativas reais acerca do resultado.
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