Schiaparelli aposta em beleza dramática e destaca lábios pretos e coque futurista
Após a Semana de Alta Costura iniciar na segunda-feira (7) com o desfile da Schiaparelli, e da apresentação da marca ter um tom futurista, é importante destacar os penteados e a maquiagem do desfile. Os cabelos ficaram sob a responsabilidade de Guido Palau, e a maquiagem com Pat McGrath. Fugindo do convencional, o desfile explorou […]
Após a Semana de Alta Costura iniciar na segunda-feira (7) com o desfile da Schiaparelli, e da apresentação da marca ter um tom futurista, é importante destacar os penteados e a maquiagem do desfile. Os cabelos ficaram sob a responsabilidade de Guido Palau, e a maquiagem com Pat McGrath. Fugindo do convencional, o desfile explorou maquiagem de alto contraste e cabelos esculturais.
Maquiagem de atmosfera galáctica
O elemento mais hipnótico da beleza foram os lábios pretos, com um acabamento vinil que refletia luz como um espelho líquido. Esse brilho intenso conferiu um ar futurista e ao mesmo tempo teatral, guiando o olhar diretamente à boca das modelos. A maquiadora Pat McGrath falou que a proposta era “explorar os contrastes”, em que a boca ganhava potência enquanto a pele se mantinha minimalista, quase etérea.

Modelo da Schiaparelli com lábios pretos (Foto: reprodução/Instagram/@voguebrasil)
Os rostos tinham acabamento acetinado, sem excessos, com foco em uma iluminação interna sutil. Nada de cores nos olhos, nada de blush aparente: apenas luz e sombra para ressaltar a estrutura óssea. Essa escolha trouxe um equilíbrio visual sofisticado e ao mesmo tempo radical.
Cabelos como escultura
Dirigido por Guido Palau, o cabelo ganhou uma forma inesperada: um coque rígido e alto, quase cônico, que fugia do usual e remetia a formas arquitetônicas. O visual remete a capacetes de astronautas ou esculturas futuristas, reforçando a atmosfera “fora da Terra” proposta pelo desfile.

Modelo da Schiaparelli com coque cônico (Foto: reprodução/Instagram/@voguebrasil)
Com acabamento brilhante e sem fios fora do lugar, o penteado reforçava a simetria e a elegância das silhuetas. As modelos pareciam quase personagens de uma ópera interplanetária, intocáveis, esculpidas, tecnológicas.
A beleza do desfile da Schiaparelli não serviu apenas como pano de fundo, mas como narrativa visual poderosa. Ao transformar lábios em espelhos e coques em estruturas espaciais, a maison propôs uma nova leitura de sofisticação: aquela que não busca agradar, mas provocar. Em tempos em que o maximalismo visual ganha força, a Schiaparelli prova que a verdadeira ousadia está nos detalhes pensados como arte.
